Um autogolo deu o triunfo que deixa o Moreirense mais perto da Europa. Numa tarde azarada do central gilista do Ygor Nogueira – fez um penálti e marcou na própria baliza, a formação de Moreira de Cónegos aproveitou para somar mais três pontos e colar-se ao Vitória de Guimarães, estando a um ponto do sexto posto.

O Gil Vicente falhou a tentativa de meter a quarta (vitória) rumo à manutenção. Os galos devem a erros próprias a derrota neste encontro, em vésperas de defrontar o Benfica.

As duas equipas chegaram a este encontro moralizadas. O Moreirense travou o líder Sporting na jornada anterior e o Gil Vicente tinha uma sequência de três triunfos consecutivos. Separadas por três pontos, com vantagem para os cónegos, a vitória dos galos juntava as equipas, a derrota distanciava ainda mais e a igualdade mantinha tudo como estava.

Ricardo Soares fez apenas duas alterações em relação ao jogo com o Rio Ave. Saiu o castigado Lucas Mineiro e Vítor Carvalho e entraram Claude Gonçalves e João Afonso. Vasco Seabra imitou o colega de profissão e também fez apenas duas alterações. Abdoulaye e Matheus Silva foram rendidos por D’ Alberto e Steven Vitória.

O primeiro tempo foi equilibrado. Os galos chegaram mais vezes perto da baliza contrária, acertaram no ferro, mas foi o Moreirense que marcou. Num lance aparentemente inofensivo, Nogueira carregou por trás Rafael Martins na área e Nuno Almeida apontou para a marca de grande penalidade. O mesmo jogador, da marca dos 11 metros, não perdoou e colocou os cónegos em vantagem.

A turma barcelense reagiu e, logo de seguida, num livre frontal, Pedrinho rematou em arco à barra da baliza à guarda de Pasinato. Pouco depois, após canto, foi Pedro Marques, solto na área, a bater no peito e a rematar rente ao poste. Apesar de muitas tentativas dos galos, o intervalo chegou com os cónegos em vantagem.

No reatamento, Ricardo Soares trocou João Afonso por Vítor Carvalho, tentando dar maior qualidade no masse no miolo do terreno. E acabou por se sair bem. Dois minutos após o recomeço, Joel Pereira viu a desmarcação de Pedro Marques e endossou-lhe o esférico. O avançado, na cara do golo, viu Pasinato parar o primeiro remate, mas na recarga fez o empate.

O jogo acalmou um pouco. O Gil Vicente tentava chegar à baliza contrária com um futebol apoiado, aproveitando os corredores laterais para entrar nas costas da defensiva cónega. Já a turma visitante tinha pouca paciência para construir jogo e tentava chegar o mais rapidamente possível à área contrária. A sorte acabou por sorrir ao Moreirense.

Filipe Soares avançou pela direita, deu em D’Alberto que cruzou para o coração da área onde Ygor Nogueira acabou por rematar para a própria baliza.

Até ao final, o Moreirense fechou e baixou as linhas e os gilistas tentaram tudo para chegar à igualdade, porém nunca conseguiram ultrapassar a barreira defensiva visitante. Vitória da eficácia cónega, que soube aproveitar os erros individuais dos locais.