O Gil Vicente venceu o Nacional da Madeira e atingiu assim a sua meta pontual traçada desde o início da época. Um triunfo conquistado graças a uma grande penalidade convertida por Diogo Viana, que fez com o Gil interrompesse a série de sete jogos sem vencer. Resultado injusto para o Nacional da Madeira num jogo muito pobre em que ninguém merecia mais do que nada.

De novo sem César Peixoto, que foi expulso na última jornada, João de Deus fez jogar o jovem Vítor Gonçalves no lugar do capitão e ao mesmo tempo uma das peças mais importantes da engrenagem deste Gil Vicente.

Por sua vez, o Nacional apresentou-se no Minho com algumas novidades. O guarda-redes Rui Silva e o defesa Diogo Coelho, ambos com 20 anos e provenientes da formação do Nacional da Madeira, estrearam-se no principal escalão do futebol português. Nuno campo, mais um jovem, fez o seu terceiro jogo no campeonato. Com a Europa já garantida, Manuel Machado aproveitou este jogo de final de época para dar minutos a alguns jogadores menos utilizados, deixando no banco jogadores como Gottardi, Mexer e Candeias.

Penálti de Diogo Viana contra o marasmo

Com mais a provar do que o Nacional, o Gil Vicente entrou apostado em deixar uma boa imagem depois de um final de campeonato penoso. Contudo, o sol que que se fazia sentir em Barcelos e a inexistência de qualquer efeito prático a retirar deste encontro fez com que se jogasse sempre a um ritmo muito baixo.

Todo e qualquer esboço de jogada de ataque, quer do Gil Vicente quer do Nacional, parecia sair em esforço e com a resignação de quem já não tinha muito mais para dar. Uma entrada mais motivada do Gil Vicente o Nacional respondeu com uma subida no terreno de jogo ocupando o meio campo da equipa da casa.

Adivinhava-se um Nacional mais forte apesar das várias mexidas no onze, mas à passagem da meia hora Hugo Vieira cavou uma grande penalidade ao estreante Rui Silva e deu uma estocada no domínio territorial do Nacional. Diogo Viana não falhou o castigo máximo e levou o Gil Vicente em vantagem para o descaso.

Redes não voltaram a abanar

Logo no primeiro minuto do segundo tempo, já com Candeias e Camacho em campo, o Nacional da Madeira deu mostras de querer reagir à desvantagem no marcador. Pek’s quase metia a bola na própria baliza ao tentar sanar um cruzamento venenoso de Candeias.

Sol de pouca dura. Promessa infundada de uma melhor segunda parte de futebol. Os dois técnicos mexeram nos seus conjuntos, até foram tirando dos jogadores mais espevitados em campo, fazendo entrar jogadores menos utilizados, mas sem efeitos práticos.

O mau futebol continuou, aqui e ali o Nacional ia tentando chegar ao empate. Tentando com a sensação de é o que tem de ser feito quando se está em desvantagem, e não pela ambição de evitar a derrota. Tudo muito forçado, sem ritmo e sem chama. Jogo pobre em Barcelos, em que o triunfo acabou por sorrir à equipa da casa através de uma grande penalidade. Só mesmo de penálti é que num jogo destes as redes poderiam abanar.