Num jogo em que já não tinha quaisquer objetivos, o Rio Ave entrou em campo mais com a cabeça no Jamor do que propriamente a pensar neste embate ante o Marítimo, que jogava aqui a sua última cartada para tentar alcançar um honroso sexto lugar final na tabela classificativa.

Talvez por isso, os pupilos de Nuno Espírito Santo entraram algo apáticos tendo demorado vinte e cinco minutos para alvejar pela primeira vez a baliza à guarda de Salin e, claro está, num lance de bola parada. Júlio Alves rematou forte para defesa extremamente complicada do guardião francês a punhos e na recarga seria novamente o guardião insular a negar o golo a Diego Lopes.

No minuto seguinte, seria a vez de Renato Santos entrar na área pelo flanco direito e atirar forte à trave, deixando no ar a impressão de que o Rio Ave tinha chegado para lutar pelo resultado. Puro engano.

Os verde-rubros, a par daquilo que fizeram na entrada na partida, criando quatro ocasiões de golo nos primeiros quinze minutos, destancando-se Fransérgio e Danilo Pereira como grandes perdulários, ao falharem cada um duas ocasiões, tornaram a pegar na rédea do jogo e só não chegaram ao golo inaugural à passagem do minuto 28 porque Sami falhou escandalosamente à boca da baliza, depois de um grande trabalho de João Diogo pelo flanco direito.

Os vilacondenses viriam a dar um novo ar da sua graça novamente de bola parada aos 36 minutos. Renato Santos encheu o pé e atirou forte para nova excelente defesa de Salin. A melhor ocasião de golo dos forasteiros nesta primeira parte surgiria quatro minutos depois, com Sandro Lima a aproveitar uma desantenção defensiva dos verde-rubros para ficar isolado, mas cara à cara com o francês Salin acabou por atirar ao lado.

Ainda antes do intervalo, Fransérgio haveria de desperdiçar novo ensejo para marcar, depois de um cruzamento de Briguel (que entrou para o lugar do lesionado João Diogo) na direita que o brasileiro acabou por não conseguir cabecear da melhor maneira.

Com a chegada do segundo tempo e talvez fruto do intenso calor que se fazia sentir, o jogo acabou por decair ainda mais de qualidade, com as equipas a demonstrarem que se davam por satisfeitas com o nulo que imperava no marcador.

Com um futebol pobre e longe das balizas, foi o Rio Ave a dispor de nova ocasião flagrante para golo à passagem do minuto 64, mas Velikonja, depois de conseguir desenvencilhar-se de Patrick Bauer e ficar na cara de Salin, acabou por não rematar da melhor maneira, fazendo o esférico passar junto ao poste da baliza à guarda do francês.

O jogo foi arrastando-se até final sem que nenhuma das equipas arriscasse muito para chegar ao golo. No entanto, num lance à entrada da àrea, com Derley completamente rodeado de adversários e sem linhas de passe, o brasileiro acabou por se decidir pelo remate em arco, fazendo a bola entrar ao ângulo da baliza à guarda de Kritciuk, num daqueles golos de fazer levantar estádios e dando um pontapé na monotonia que se fazia sentir até aí.

Os vilacondenses ainda tentaram ir atrás do prejuízo e de livre por pouco não chegaram à igualdade, já que Briguel adivinhou o lance e saiu da barreira, evitando que Joeano alcançasse o tento já mesmo em cima da linha de golo, junto ao poste esquerdo da baliza de Salin.

Os verde-rubros despedem-se assim da temporada de 2013/2014 com o sexto lugar da liga alcançado, conseguindo também que Derley figurasse no segundo lugar da lista dos melhores marcadores deste campeonato.