O Benfica regressou às vitórias e às boas exibições no campeonato. As águias foram ao Minho golear o Famalicão e voltam a entrar na carruagem que persegue o título de campeão nacional. 

A dupla Darwin Núñez / Rafa Silva provocou estragos na defensiva famalicense e puseram a nu todas as fragilidades da formação orientada por Ivo Vieira. O uruguaio fez um hat-trick e isolou-se na liderança da lista de melhores marcadores. O internacional português marcou um e fez duas assistências.  

Os encarnados marcaram em quase todas as ocasiões em que foram à baliza contrária. Marcar dois ao começar a primeira metade e mais dois no início da segunda. A boa reação do Famalicão, no primeiro tempo, valeu-lhe um golo, contudo não foi suficiente para apagar a má imagem que a equipa deixa a defender: nos últimos três jogos, os minhotos sofreram 11 golos e apenas marcaram um.

Alterações no onze

Quatro dias depois de alcançar o apuramento para os oitavos de final da Champions, o Benfica deslocava-se a Famalicão para defrontar uma equipa que não atravessava um bom momento e para jogar num terreno que, historicamente, lhe é favorável. Em oito visitas ao Minho, as águias venceram cinco vezes, empataram duas e só por uma única vez saiu derrotada - longínqua época de 1992/03.

Jorge Jesus fez três alterações no último onze titular. Saíram Gilberto, Pizzi e Yaremchuk, dando lugar a Diogo Gonçalves, Darwin e Seferovic. Já Ivo Vieira, depois da goleada sofrida em Barcelos, mudou quatro peças no xadrez que iria defrontar os encarnados. Diogo Figueiras, Alex Nascimento, Ivo Rodrigues e Iván Jaime saíram da equipa e entraram De La Fuente, Riccieli, Bruno Rodrigues e Heriberto.

Duas bicadas da águia

Com a derrota caseira frente ao Sporting, as águias entraram letais e os dois primeiros remates deram em golo. Logo aos 5’, Darwin deixou Penetra para trás, fletiu para o meio e, ainda fora da área, rematou em arco para o fundo das redes. À passagem do quarto hora, já depois de Ivo Vieira ser obrigado a mexer na equipa por lesão de Heriberto, Darwin bisou.

André Almeida descobriu Rafa na frente, que aproveitou o movimento de Seferovic que arrastou Riccieli com ele, isolou-se e assistiu o uruguaio para o segundo golo. Tudo muito fácil para os encarnados, que não esperavam a reação famalicense. Os comandados de Ivo Vieira foram em busca do golo e conseguiram mesmo marcar.

Depois de Banza ter ficado perto do golo por duas vezes, Bruno Rodrigues deu a melhor sequência ao cruzamento de Ivo e cabeceou para o 1-2. Logo depois, Bruno Rodrigues ficou perto de bisar, mas Vlachodimos, com uma enorme defesa, impediu-o. Até ao intervalo, as águias conseguiram acalmar o ímpeto ofensivo dos locais e foi para o descanso com a vantagem mínima.

Jesus mexeu, equipa melhorou

Percebendo que a equipa não estava bem, principalmente depois de sofrer o golo, Jorge Jesus fez duas alterações ao intervalo. Tirou o amarelado Diogo Gonçalves e o apagado Seferovic e lançou Gilberto e Taarabt. O técnico encarnado retirou um avançado, mas ganhou superioridade no meio campo, acabando por essa alteração dar frutos. O Benfica marcou dois golos de rajada, com os mesmo três protagonistas: Darwin, Rafa e Taarabt.

O uruguaio amorteceu de cabeça para o marroquino que assistiu o português e, este último, depois de partir os rins a Riccieli, fez o terceiro. Logo a seguir, o trio encarnado voltou a pôr a nu todas as fragilidades defensivas do Famalicão. Perante a completa passividade famalicense, Taarabt desmarcou Darwin, tabelou com Rafa e, depois de passar por De La Fuente, fez o quarto. Tudo fácil, parecia uma faca quente a entrar num pacote de manteiga.

Até ao final, a formação encarnada geriu o jogo e o esforço, colocando um travão na frente de ataque. Os de Famalicão aproveitaram para tentar chegar à baliza contrária, mas o melhor que conseguiram foi acertar na barra. Pedro Marques, pouco utilizado nesta época, cabeceou com estrondo ao ferro. O resultado, esse, não mais se alterou.