A Associação de Futebol da Madeira defendeu esta quarta-feira a posição do Marítimo, que pretende realizar no Funchal as restantes partidas que vai ter para a Liga na condição de equipa visitada.

«Concordo com a opinião do presidente [Carlos Pereira], porque o Estádio do Marítimo é o mais recente em Portugal e é aí que a equipa deve jogar. Reúne todas as condições para que os jogos aqui se realizem. [A Madeira] Oferece condições hoteleiras de qualidade e o transporte aéreo também não oferece qualquer problema, segundo a opinião de pessoas habilitadas», disse Rui Marote, presidente da associação, em declarações à Rádio Renascença.

De acordo com o parecer técnico da Direção-Geral da Saúde (DGS), as competições devem ser realizadas no menos número possível de estádios, o que levará os órgãos competentes a selecionar os recintos que reúnem as melhores condições.

O Santa Clara e o Belenenses vão mudar-se provisoriamente para a Cidade do Futebol, situação que deverá também suceder com o V. Setúbal. Já o Famalicão estabeleceu um acordo com o Gil Vicente para realizar em Barcelos as partidas como visitado

Na Liga, há oito estádios com nível 1, a classificação atribuída aos recintos que reúnem as melhores condições.

«Caso [o Marítimo] não jogue os seus jogos caseiros na Madeira, existirá uma desigualdade grande. Os jogadores das outras equipas fazem os seus jogos e regressam a casa, enquanto que os do Marítimo terão de estar praticamente dois meses sem ver as respetivas famílias. Isso é uma desvantagem, até a nível psicológico. Percebo que esta é uma situação excecional, mas, dentro dum processo difícil, deve tentar-se ter o mínimo de igualdade», referiu Rui Marote.

Refira-se que o Marítimo tem agendados mais cinco jogos na condição de visitado até ao final da Liga: Vitória de Setúbal, Gil Vicente, Benfica, Rio Ave e Famalicão.

[Artigo atualizado]