O Sp. Braga libertou-se do pelotão onde estava com o V. Guimarães e o Marítimo, nesta sexta-feira, e está agora isolado, à condição, no sexto lugar da tabela, na peugada do Nacional. O empate conseguido em Coimbra era o único resultado que Jorge Paixão ainda não tinha conhecido desde a chegada à cidade dos arcebispos.

Depois da derrota em Alvalade e da vitória, precisamente sobre os madeirenses, na última jornada, o técnico manteve a tradição arsenalista de não perder em casa da Académica, algo que dura há mais de 10 anos.

De qualquer forma, um ponto pode ser pouco na corrida à Europa, atendendo àquilo que os rivais diretos dos minhotos poderão fazer nesta ronda. Lá para segunda-feira logo se saberá, até porque o Nacional recebe o Benfica e o Marítimo, por exemplo, desloca-se à Amoreira...

Já para os estudantes, é mais um ponto, a juntar na perseguição à barreira dos 30 que o técnico acredita serem suficientes para garantir a manutenção. Ainda não foi desta, mas está lá mesmo ao alcance de um sopro.

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O Sp. Braga teve uma entrada fortíssima no jogo. Encurralou a Académica lá atrás e foi desferindo ataques até ao golo de Pardo, no primeiro remate da partida. Eficácia a 100 por cento premiada pela ação do colombiano, que assinou um grande golo, num pontapé em arco depois de fletir da direita para o meio. Os estudantes não sofriam golos havia quatro jogos…

A boa abordagem dos minhotos ficou-se, todavia, por aqui. Com exceção de um ou outro ataque rápido, a partir do golo, só deu Briosa. Com Djavan e Diogo Valente a carrilar jogo pela esquerda e, do lado oposto, Marcelo e Salvador Agra a fazerem o mesmo, os donos da casa começaram rapidamente a «cheirar» o empate.

Moussa esteve perto, mas haveria de ser Makelelé a encontrar o caminho das redes de Eduardo, que poderia ter feito melhor no cruzamento. Acabou por desviar a bola para o poste, não se entendendo com o senegalês, e, na recarga, o brasileiro atirou a contar.

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A Académica estava melhor no jogo e acreditou que era possível virar o resultado ainda antes do intervalo. Prova disso foi o disparo de Diogo Valente à trave, sobre o final da primeira parte, que o deixou visivelmente irritado, possivelmente por ter sido o segundo jogo consecutivo que atirou aos ferros.

O Braga voltou a entrar de forma enérgica na segunda parte, e, perante uma Académica agora mais cautelosa, aceitou o convite para atacar, assumindo o controlo do jogo. Os estudantes jogavam como mais gostam, bem organizados lá atrás, e sempre a espreitar o contra-ataque.

Os minhotos tentaram encontrar brechas, sem de desequilibrar, mas havia sempre um pé ou uma defesa de Ricardo para contrariar. Num último fôlego, os conimbricenses ainda aproveitaram duas bolas paradas para lançar a dúvida sobre o resultado, mas o rumo não se alterou.