FIGURA: Mateus
Só faltou um golo a este jovem de 34 anos. O angolano ainda joga muito. Uma flecha a partir do lado esquerdo, sempre à procura de zonas centrais. Obrigou Daniel a duas grandes defesas e ganhou quase sempre no um para um com Kalindi. As épocas avançam e Mateus continua a ser um avançado muito útil para qualquer equipa.  

MOMENTO: o golo de Espinho, claro
Num jogo mais vivido do que bem jogado, o momento decisivo tem de ser o único golo. Estavam três pontos naquele pontapé de Fábio Espinho e o Boavista soube agarrá-los.   

POSITIVO: mais de 16 mil pessoas no Bessa
A SAD do Boavista tinha pedido pelo menos 15 mil espetadores, os adeptos disseram que sim e compareceram em massa: 16.302 assistiram ao vivo o duelo entre portuenses e madeirenses no Bessa. Um recorde na época 2018/19.  

OUTROS DESTAQUES

Fábio Espinho

O mérito de saber escolher os sítios certos para receber a bola. Foge nas costas do marcador, arranja espaço, recebe e pensa. E o mérito, já agora, de tratar como poucos a bola. A forma como encosta o pé de primeira e faz golo na cara de Daniel Guimarães é ótima. Referência obrigatória deste Boavista.

Talocha
Dois cruzamentos perfeitos ainda no primeiro tempo: um a oferecer o golo a Fábio Espinho, outro a obrigar Nuno Campos a um corte fundamental. Muito regular, concentrado a defender e certinho no apoio ao ataque. Uma pedra que nunca deixa ficar mal o treinador axadrezado. São já 97 jogos de xadrez ao peito, três temporadas na I Liga.

Rafael Costa
O plano de jogo de Lito Vidigal, em ataque organizado, é simples. Bracali abre num dos centrais, Rafael Costa baixa e decide a próxima fase. Ou lança num dos corredores (mais em Mateus) e procura uma linha de passe no espaço interior (uma raridade). Já perceberam que o esquerdino teve muita bola e mandou no processo ofensivo do Boavista. Um bom executante. Esteve perto de fazer golo num livre direto, aos dez minutos.  

Daniel Guimarães
O melhor do Nacional da Madeira. Três grandes defesas, a melhor das quais a um cabeceamento de Mateus, logo a abrir o segundo tempo. Nada podia fazer no golo sofrido. Se dependesse só dele, o Nacional teria levado um ponto do Bessa.

Palocevic
O maestro da equipa de Costinha. Na segunda parte quis ter bola, mandou em todo o futebol madeirense, tabelou e procurou sempre as melhores linhas de passe. Um médio interessante, este sérvio de 25 anos contratado ao Arouca.