A FIGURA: Pablo Santos

Um exemplo do compromisso máximo do reduto mais recuado do Moreirense. Formou, juntamente, como Steven Vitória e Artur Jorge uma linha tremendamente resistente, mas também quase sempre bem suportada pelos laterais e por Fábio Pacheco. Levou quase sempre a melhor nos duelos.

 

O MOMENTO: remate de Rafa à bara. MINUTO 20.

O Benfica entrou pressionante no jogo, mas desde cedo foram notórias as dificuldades da equipa da casa para desarrumar os visitantes, que teriam forçosamente de correr mais riscos se aquele remate fosse um ou dois centímetros mais abaixo.

 

OUTROS DESTAQUES

Weigl: o pilar do equilíbrio do Benfica. Os encarnados estiveram constantemente instalados no meio-campo ofensivo e isso deveu-se muito à capacidade de pressão do médio mais recuado quando os visitantes procuravam sair. Criou condições para que os encarnados fossem uma equipa agressiva, mas o ataque esteve em tarde/noite não, mais pela incapacidade para criar do que pela desinspiração na finalização.

Paulo Bernardo: teve neste sábado, ao sétimo jogo, a primeira titularidade pela equipa principal do Benfica. Tal como Rafa, começou num flanco e andou pelo outro, mas sempre com liberdade para explorar terrenos interiores. Teve alguns momentos interessantes nos 45 minutos iniciais, mas cresceu no regresso dos balneários, aproximando-se mais (mas não totalmente) do papel de playmaker que lhe assenta melhor. Quase marcou aos 47 minutos após uma grande jogada jogada individual e pouco depois executou um grande passe longo para Seferovic. Saiu aos 73 minutos e o público, descontente, bateu recorde de decibéis.

Rafa: calcorreou todos os terrenos do ataque. Começou na esquerda, andou muito tempo no meio e procurou a direita, sempre em busca do espaço para jogar que quase nunca lhe foi concedido pela equipa de Ricardo Sá Pinto. Ainda assim, foi dele a melhor oportunidade de golo do Benfica na primeira parte, quando aos 20 minutos acertou na barra. O jogo abriu sobretudo após o 1-1 e Rafa beneficiou com isso, tendo ameaçado o golo em duas ocasiões. Mas esteve muito longe do melhor Rafa.

Walterson: o grande acelerador do ataque do Moreirense. Não ligou a mota muitas vezes, mas quando o fez criou perigo. Aos 55 minutos ultrapassou Otamendi, ficou na cara de Vlachodimos, mas preferiu servir (mal) um companheiro. Com ele em campo, a defesa do Benfica nunca pôde dar-se ao luxo de descansar. Mesmo quando tudo parecia controlado.

Fábio Pacheco: incansável no apoio ao setor mais recuado do terreno. Se Rafa quase não se viu durante parte do jogo, isso deveu-se muito à capacidade de controlo do médio-defensivo.