Marítimo e Moreirense empataram este domingo, num jogo que valeu pelo futebol na segunda parte. Os cónegos marcaram primeiro e ganharam alento pela manutenção, enquanto o Marítimo, apesar de quinto à condição, pode ver o Rio Ave fugir nesse lugar.

Daniel Ramos antevia dificuldades frente à equipa de Petit. A formação de Moreira de Cónegos chegava à Madeira com ambição de um resultado que a colocasse mais perto da manutenção. Tarefa nada fácil: o Moreirense somava três derrotas consecutivas fora de casa, e visitava um Marítimo com três triunfos caseiros seguidos em igual número de rondas.

Ainda com a Europa no horizonte, Daniel Ramos apresentou o seu onze habitual com apenas uma alteração, com a entrada de Nanú, da equipa B (estreia absoluta na I Liga), para o lugar do castigado Bebeto. Já Petit foi forçado a mexer no centro da defesa recuando Alfa Semedo para o lugar de Belkeroui (que se lesionou no sábado), lançando Fofana no meio campo, ao lado de Neto.

Com esquemas táticos muito semelhantes, assentes em falsos 4x4x2, coube ao Marítimo criar a primeira situação de perigo logo aos dois minutos. Rodrigo Pinho cabeceou ao lado da baliza de Jhonatan.

Emoção destinada a manter-se afastada do jogo e, até à meia hora, o melhor que das equipas foram conclusões desde zonas próximas da grande área adversária, mas com remates desenquadrados.

Os madeirenses procuravam construir coletivamente, mas sem arriscar em demasia. Já os minhotos tentavam transições rápidas. Com blocos defensivos muito fechados e solidários, Marítimo e Moreirense não permitiam grandes espaços à construção ofensiva. O equilíbrio marcou a primeira parte.

Antes do descanso, equilíbrio perto de ser desfeito em lances de bola parada. Correa, num livre direto, atirou perto da trave da baliza à guarda de Jhonatan. Na resposta, um livre estudado do Moreirense atravessou grande área insular e saiu pela linha de fundo.

Para o minuto 43 ficou reservado o grande momento da primeira parte. Rúben Ferreira, de livre, colocou na área, Peña desviou contra o colega Bilel e Rodrigo Pinho só não marcou porque Jhonatan estava atento.

FICHA E FILME DO JOGO

Com temperatura já mais amena (primeira parte com muito sol e humidade), o regresso do trouxe um Marítimo disposto a arriscar mais.

Coube ao estreante Nanú protagonizar o primeiro lance de perigo, aos 48’, quando surgiu soltou na grande área após incursão rápida pelo lado direito. Jhonatan resolveu. A formação minhota reagiu por Alfa Semedo, que cabeceou por cima.

Pouco depois, aos 55', Rodrigo Pinho trabalhou dentro da área e rematou em arco de pé esquerdo, levando a bola a beijar a trave.

O Marítimo estava a levar mais perigo à baliza visitante e, aos 68', um erro de Jhonatan, que bateu contra Pablo quando pretendia serviu um colega sem demora, quase permitiu ao Marítimo inaugurar. Mas o guardião conseguiu emendar a tempo.

O Moreirense parecia encostado às redes. Parecia, pois logo a seguir acabou por marcar. Jean Cléber aborda mal o esférico na sequência de uma transição rápida dos minhotos e acaba por isolar Tozé, que aparece solto na cara de Amir e não perdoa.

O golo não retirou ânimo à equipa de Daniel Ramos, embora o técnico vila-condense tenha sentido necessidade de mexer na equipa. O tudo ou nada pelo empate veio a dar frutos aos 80’. Na sequência de um canto conquistado por Nanú, este encarregou-se depois de recolocar a bola na grande área. Esta bateu em Iago, que colocou Joel em jogo: o avançado beneficiou do ressalto, foi mais rápido que toda a gente e não perdoou. Quinto jogo seguido a marcar na Liga e oitavo na conta total.

O empate acabou por prevalecer até ao apito final.