Moreirense e Paços de Ferreira empataram a uma bola na tarde tórrida desta quarta-feira, em jogo disputado no Parque de Jogos Comendador Joaquim de Almeida Freitas. Mais um ponto para o tranquilo Moreirense, mais um passo para a permanência pacense na Liga, que apenas carecerá do carimbo matemático.

Com seis pontos para disputar, o Paços tem cinco de vantagem para a linha de água e três equipas em piores condições, pelo que apenas uma hecatombe criará um cenário desfavorável para os castores.

Tranquilo na primeira metade da tabela classificativa, o Moreirense pôde dar-se ao luxo de alterar nove elementos em relação ao último jogo. Os Cónegos marcaram primeiro, por Steven Vitória na sequência de uma grande penalidade, empatando o Paços já na segunda metade com um golo de Baixinho na sequência de um canto.  

Castigo máximo para além do calor

Com temperaturas elevadíssimas e pouco propícias à prática desportiva, o Moreirense tentou entrar em campo com mais ímpeto, fruto da pressão que ainda tinha pelo resultado, mas rapidamente o Moreirense equilibrou os pratos da balança e, com mais tranquilidade, passou a chegar com mais perigo ao último reduto adversário.

Perante ameaças e vários pedidos de castigo máximo, acabou mesmo por ser nessa circunstância que os pupilos de Ricardo Soares chegaram ao golo a dez minutos do intervalo. Diaby pretensamente derrubou João Aurélio, Rui Costa não hesitou e o VAR também não viu motivos para reverter a situação.

Da marca dos onze metros Steven Vitória não desperdiçou, perante os protestos pacenses. Bola para um lado, guarda-redes para o outro. O Paços fazia valer-se essencialmente pelas bolas paradas, com João Amaral a colocar eximiamente em zona de perigo, mas faltou sempre alguém para a emenda.

Baixinho carimba um ponto

Disposto a mudar o rumo dos acontecimentos, Pepa operou três alterações de uma assentada ao intervalo, acrescentando ao jogo Marco Baixinho, Uilton e Adriano Castanheira. Com naturalidade o Paços de Ferreira foi mais equipa na segunda metade, cresceu no jogo e assumiu as despesas do jogo.

Mas esse domínio apenas teve permissão por parte dos cónegos em terrenos demasiado atrasados. Ia faltando capacidade aos pacenses para criar perigo e para fazer subir o seu domínio alguns metros. Ainda assim, foi suficiente para restabelecer a igualdade a um quarto de hora do fim. Num pontapé de canto, o maior foco de perigo da equipa de Pepa. Baixinho teve altura suficiente para desviar o canto de João Amaral, relançando o jogo.

Minutos finais intensos, com a procura do segundo de parte a parte, mas sem que isso se verificasse. Um ponto para cada lado, que não serve para o Paços carimbar a manutenção, mas que dá ainda mais margem para que tal aconteça.