O Sp. Braga perdeu a oportunidade de garantir, desde já, o 4.º lugar, que lhe dará acesso à terceira eliminatória da Liga Europa. Os bracarenses, que ainda sonham com o 3.º posto, foram superiores durante toda a partida, mas descansaram à sobra de uma curta vantagem e acabaram por ter de dividir os pontos com o aflito Belenenses. Os comandados de Petit acreditaram sempre e nunca abandonaram a estratégia de esperar pelo erro para marcar.

Em dia de clássico no Dragão, os guerreiros entravam em campo sabendo que só o triunfo importava garantia a presença na Liga Europa e, por outro lado, ficavam à espera de um deslize do Sporting para tentar ainda chegar mais perto do 3.º lugar. Os guerreiros só conhecem o sabor da vitória e golearam por duas vezes na Era Artur Jorge.

Do outro lado estava uma equipa que precisa de pontos como de pão para a boca. O Belenenses averbou dois desaires consecutivos e estão no meio do ‘salve-se quem puder’ da despromoção.  Os 31 pontos conquistados até então não dão sossego a ninguém e o triunfo permitia que os azuis do restelo fugissem do trio perseguidor, formado por Tondela, Portimonense e Vitória Setúbal. Contudo, um ponto é melhor do que nenhum e foi nisso que apostaram.

Depois de 15 minuto equilibrados, com as duas equipas a estudarem-se mutuamente, os guerreiros começaram a pressionar mais alto e a ser mais agressivos sobre a bola. Começaram a circular o esférico com maior rapidez e, aos poucos, foram encostando os de Belém às cordas. Aí, apareceu Kofi com um par de boas defesas a adiar o golo bracarense.

No entanto, já em cima do descanso, os comandados de Artur Jorge acabaram por marcar mesmo. Numa perda de bola do meio campo azul, Paulinho deu na esquerda a Trincão que cruzou para o segundo poste onde apareceu Ricardo Horta rematar para o 1-0. Vantagem mínima ao intervalo, mas inteiramente justa.

No segundo tempo, continuaram a ser os de Braga a mandar na partida. De livre, Ricardo Horta tirou tinta à barra da baliza à guarda de Kofi e, logo depois, Galeno rematou em arco rente ao poste. Petit não gostava do que via e, de uma assentada, mudou o tridente de ataque.

Ainda assim, mesmo em desvantagem, os azuis do restelo não arriscavam e defendiam sempre com 11 homens atrás da bola, esperando o erro adversário. A vencer, os bracarenses também não faziam muito para aumentar a contagem e poder descansar. A estratégia de Petit acabou por dar resultado. Apanhando dos guerreiros adormecidos, o Belenenses foi lá à frente e Cassierra, que havia entrado momentos antes, fez de cabeça a igualdade. Até ao fim, viu-se um Sp. Braga com pouca cabeça para desfazer o empate e um Belenenses tranquilo a defender o precioso ponto.