FC Porto leva dos Açores os três pontos que lhe devolvem a liderança isolada no campeonato. Foi a 13.ª vitória consecutiva da equipa de Sérgio Conceição, diante de um Santa Clara ofensivamente atrevido e motivado, que partiu na frente do marcador e que ainda chegou a ameaçar o empate na ponta final.

Não foi propriamente um passeio no parque o regresso do campeão aos Açores, quinze anos depois, para uma partida oficial do principal escalão do futebol português. A equipa de Sérgio Conceição teve de tudo neste confronto: chegou a estar a perder, repôs a igualdade, adiantou-se no marcador, mas nunca conseguiu domínio absoluto do jogo.

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Garantir os três pontos e isolar-se no comando da I Liga, não foi, por isso, tarefa fácil. Ainda que durante apenas alguns minutos, o treinador do FC Porto provou do veneno que João Henriques já lhe havia servido na época passada, no jogo dos dragões com o Paços de Ferreira, na capital do móvel. Desta vez, foi como treinador do Santa Clara, que Henriques colocou Conceição em desvantagem, graças ao golo de Zé Manuel, aos 38 minutos da primeira parte. Patrick abriu caminho sobre a direita, Chrien cruzou e o avançado dos encarnados de Ponta Delgada finalizou, batendo Casillas com uma cabeçada.

Foi preciso esperar pela entrada no tempo de compensação, para ver o Porto repor a igualdade no marcador, já depois do Santa Clara ter sido obrigado a mudar de guarda-redes na sequência de um choque de Tiquinho Soares com Marco. Entrou Serginho que, já nos descontos, voou para afastar uma bomba de Óliver. Marega recuperou e serviu Tiquinho Soares que desviou para golo. Antes da saída para o intervalo, Fernando ainda chegou a ameaçar, de cabeça, a baliza de Casillas, mas sem êxito.

No regresso do balneário, a equipa visitante veio disposta a desfazer a igualdade a um golo, com Otávio a render Óliver e a mudar o figurino do FC Porto. Marega, que tantas vezes havia ameaçado Marco, acabou por bater Serginho, aos 57 minutos, depois de uma primeiro remate de Tiquinho. O lance ainda foi alvo de confirmação por parte de Luis Godinho junto do VAR, por existir dúvida quanto à forma como o avançado brasileiro ganhou a bola a Patrick.

A resposta do Santa Clara não demorou, com Fernando a testar Casillas, outra das figuras deste jogo. Era a prova de vida dos açorianos a mostrar à equipa de Sérgio Conceição que o jogo não estava decidido. Até ao último minuto da partida, viu-se um Santa Clara sem vontade de deitar a toalha ao chão. Teve mais posse de bola e exigiu o melhor da defesa portista, mas Sérgio Conceição foi equilibrando a sua equipa, com as entradas de Maxi Pereira, primeiro, e depois de Sérgio Oliveira.

Mesmo assim, o golo do empate dos açorianos não surgiu por pouco. Valeu atenção de Casillas, mais uma vez chamado a intervir. A equipa liderada por João Henriques, apesar da derrota, mostrou-se, em vários momentos e, sobretudo, na última hora da partida, capaz de discutir de igual para igual com o campeão nacional.

Confira o resumo do jogo: