Plano de salvação cumprido com excelência pelo Arouca. Derrota a fundo perdido do Olhanense na visita a um adversário direto. Dois golos, ambos de grande penalidade, estabeleceram a diferença importante entre o cumpridor e o aflito. Roberto e Lassad foram os marcadores da tarde.

Não se pode falar em défice de entrega, atitude e profissionalismo. De modo algum. Equipas honestas, até entusiasmadas em alguns períodos, mas evidente e compreensivelmente abaixo do risco vermelho no capital de confiança.

Não foi, por isso, ótimo o jogo. Foi equilibrado, a pender ligeiramente para a balança de intenções do Arouca, mas indefinido até ao derradeiro apito do complicativo e problemático Jorge Ferreira.

FICHA DE JOGO E AO MINUTO DO JOGO

O Arouca mostrou, acima de tudo, mais opções para o processo ofensivo. Cristian Ceballos é um menino de ouro, um craque em potência, e foi ele a fulminar a defesa algarvia com uma série de investidas mortíferas.

Apesar da qualidade evidente do espanhol, acima de todos os outros, o duelo foi resolvido, como referimos, em dois castigos máximos. E o que é irónico no meio de tudo isto é que o Arouca não tinha usufruído, até este jogo, de qualquer penálti na Liga. Não há fome…

O rol de tropelias do senhor árbitro obriga-nos a fazer uma travagem a fundo e a analisar o seu trabalho. Num jogo fácil de dirigir, cometeu uma série de erros, por responsabilidade própria.

Na primeira grande penalidade decidiu bem, na segunda é impossível aferir a justiça sem recorrer às imagens televisivas.

OS DESTAQUES DO JOGO: Ceballos e os outros

O Olhanense também terá razão num lance sobre Tozé Marreco na área do Arouca. Mas o que mais irrita é a forma picuinhas e absolutamente chata como apita a tudo o que mexe. E aquele segundo amarelo a Ceballos, o melhor em campo, por supostamente perder tempo é cruel.

Seja como for, a vitória assenta bem ao Arouca. Principalmente por ter sido capaz de criar mais estorvo na defesa oposta. O Olhanense é, nesta altura, uma equipa bem organizada por Giuseppe Galderisi, mas tem debilidades graves na frente do ataque.

A lesão do ponta-de-lança Mehmeti complicou ainda mais o trabalho dos algarvios, que só depois da entrada de Tozé Marreco voltaram a fazer juras de amor com a baliza de Cássio.

Em resumo, vitória muito importante para o Arouca na luta pela manutenção. Os cinco pontos de avanço sobre os dois últimos não são pormenor nada despiciendo para quem era o principal candidato à descida.