Ganhar para liderar e pressionar. A tarefa parecia simples, mas a teoria sem prática de nada vale.
A prática revelou-se difícil para o FC Porto durante quase uma hora. No entanto, Alex Telles desbloqueou o marcador, iniciou um triunfo seguro e tranquilo que Militão e Brahimi trataram de confirmar nos vinte minutos finais.
A vitória dos dragões é indiscutível e vale a liderança provisória da Liga. Os campeões nacionais vão dormir no topo à espera do que o Benfica vai fazer em Moreira de Cónegos, este domingo.
O Marítimo visitava o Dragão à procura de pontos para continuar distante da zona de descida. Petit criou um colete de forças no meio-campo com Gamboa, Fabrício, Renê, Pelágio e Barrera à frente da defesa, deixando Getterson a travar uma luta desigual com Felipe e Pepe. Contudo, pouco ou nada deu para ver da estratégia montada pelo técnico dos insulares.
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Logo aos oito minutos, Lucas Áfrico foi expulso por travar Marega, o que tornou a tarefa dos verde-rubros hercúlea, quase utópica. João Capela só mostrou o cartão vermelho direto ao defesa do Marítimo após recurso o VAR. Quatro minutos antes, já a tecnologia tinha anulado uma grande penalidade a favor dos portistas.
Após esse lance até aos minutos finais, o Marítimo fez uma trincheira à entrada da área e esperou os ataques do adversário. Fechou cada centímetro, lutou por cada lance como se fosse o último, aguentou como pôde e como foi possível. E teve em Charles um guardião à altura.
O guarda-redes dos madeirenses adiou ao máximo o golo do FC Porto. Depois de ter falhado o que parecia simples (25’), Marega voltou a desperdiçar na cara de Charles (30’) e fez crescer a ansiedade no estádio. Em cima do intervalo, Charles voltou a ganhar o duelo particular com o maliano com um voo picado fabuloso (45+1).
O FC Porto dominava, não deixava o Marítimo respirar. Porém, faltava rasgo, velocidade na circulação, largura e imprevisibilidade. Herrera ainda podia ter deixado os azuis e brancos descansados, porém, a barra negou-lhe o golo (45’+7). Na sequência do lance, Danilo marcou, mas não contou.
Conceição percebeu o que a equipa precisava e lançou Manafá ao intervalo para o lugar de Pepe. As melhorias foram visíveis. O Marítimo foi obrigado a defender a toda a largura e, naturalmente, as brechas foram surgindo. Estava definitivamente montado o cerco à baliza de Charles.
Bastaram dez minutos. Manafá cruzou na direita e Soares atirou contra Gamboa, que utilizou o braço para travar o pontapé do brasilerio. João Capela foi alertado pelo VAR para a irregularidade do lance, consultou as imagens e marcou grande penalidade. Alex Telles, como se escreveu anteriormente, marcou e lançou o FC Porto para o triunfo.
Com o 1-0 o jogo tornou-se fácil para os portistas. Os verde-rubros estavam entregues e à mercê do dragão, agora insaciável.
Militão marcou o 2-0 e tranquilizou definitivamente as hostes azuis e brancas (72’). A partir daí, assistiu-se a uma mão cheia de oportunidades, quase em catadupa. Danilo teve outro golo invalidado (83’), Soares acertou no poste (85’), enfim, apenas Brahimi foi capaz de avolumar o resultado (89’).
Vencer para liderar e pressionar, lembra-se?
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