Os guarda-redes Odysseas Vlachodimos (Benfica) e Antonio Adán (Sporting) são os que mais recorrem ao passe curto, em detrimento do passe longo, de acordo com a análise feita pelo Observatório do Futebol (CIES), publicada esta segunda-feira.

Na análise que envolveu, para a liga portuguesa 2021/22, um total de 20 guarda-redes, com pelo menos mil minutos realizados no campeonato até 10 de maio (a análise não inclui ainda, por isso, a 34.ª e última jornada), a menor percentagem de passes longos é de Vlachodimos, com 18 por cento, indicativos de uma média de 4,6 passes longos por jogo, para um total médio de passes de 25,4.

Adán surge logo a seguir nos que menos fazem uso do passe longo, com uma média de 5,7 por jogo, para o seu total de passes de 26,4 por jogo, em média. O pódio desta estatística, quanto a quem menos utiliza o passe longo, fica completo com Dani Figueira, do Estoril (23,4 por cento de passes longos face ao total de passes).

Estes dados não dizem tudo, naturalmente, mas a nível estratégico e técnico dizem de vários aspetos sobre a forma de jogar das equipas.

Em contraste com Vlachodimos, Adán e Dani Figueira, Kewin Oliveira e Mateus Pasinato, ambos do Moreirense, bem como Rafael Bracali, do Boavista, são quem mais faz uso, em termos percentuais, do passe longo. Seis dos 20 guarda-redes estudados utilizam mesmo mais o passe longo do que o curto, com uma percentagem média superior a 50 por cento.

No global, em 36 ligas analisadas, Keylor Navas, do Paris Saint-Germain, é quem menos faz uso do passe longo: 8,2 por cento, correspondente a uma média de 1,7 passes longos por jogo, para uma média total de passes de 21. Segue-se o colega de equipa Gianluigi Donnarumma e, em terceiro lugar, o luso-alemão Daniel Fernandes, do Hamburgo.