Ao terceiro jogo no estágio da Suíça, o Sporting perdeu diante do novo Zenit de Mircea Lucescu por 2-4, num jogo em que conseguiu aumentar a intensidade de jogo, com Gelson Martins em destaque na primeira parte, com uma assistência e um golo, mas também voltou a evidenciar os mesmos problemas nas transições defensivas, com três golos consentidos antes dos primeiros vinte minutos. Um jogo que reforçou uma evidência que já se tinha feito notar nos primeiros jogos: os leões precisam de encontrar uma alternativa mais séria a Rui Patrício.

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Jorge Jesus voltou a rodar o plantel, mantendo apenas Bruno César e Alan Ruiz em relação ao jogo anterior, com o Stade Nyonnais (3-1), num jogo no pequeno Estádio de Chaily em Montreaux, no cantão francês da Suíça, onde o Sporting contou com um forte apoio de adeptos emigrantes. Um apoio que se fez notar de forma intensa logo nos primeiros minutos, ao ponto de obrigar o árbitro a interromper o jogo pouco depois de começar devido ao intenso fumo verde proveniente das muitas tochas que foram acesas.

Dissipado o fumo, vimos um Sporting de tração à frente, mais uma vez com o reforço Petrovic muito desamparado no meio-campo, com Bryan Ruiz mais adiantado, nas costas de Alan Ruiz, e ainda com Gelson Martins e Bruno César abertos nas alas, no apoio a Hernan Barcos. Muita gente na frente que, num primeiro momento, ainda colocou dificuldades a Luís Neto e Garay na defesa russa, com os leões a exercerem uma pressão alta. Um jogo que começou com uma intensidade forte e com dois golos nos primeiros dez minutos. Marcou primeiro o Zenit, na sequência de um pontapé de canto, com Shatov a cruzar para Javi Garcia cabecear nas alturas com os centrais do Sporting a ficarem em terra.

Bola ao centro e golo do Sporting, com Alan Ruiz a lançar Gelson sobre a direita. O jovem extremo, muito disponível em termos físicos, passou por Criscito em velocidade, desceu até à linha de fundo e cruzou atrasado para Bruno César encostar. Boa resposta, mas o jogo continuou intenso e os leões pagaram caro a lentidão nas transições defensivas, consentindo mais dois golos nos minutos seguintes. À passagem dos quinze minutos, Zhirkov ultrapassou Zeegelaar sobre a direita e atirou a contar, num lance que Azbe Jug parece mal batido. No minuto seguinte, falha tremenda de Rúben Semedo que permitiu a Kerzhakov escapar e voltar a bater o jovem guarda-redes esloveno, desta vez com um chapéu.

Slimani rendeu Barcos ao intervalo

Três golos em apenas dezassete minutos que obrigaram o Sporting a reorganizar-se. Bryan Ruiz recuou, Bruno César também e os leões acabaram por encontrar um ponto de equilíbrio e até algum ascendente sobre os russos até ao intervalo, com Gelson a voltar a aparecer em bom nível e a provocar desequilíbrios na área russa. Num desses lances, aos 37 minutos, o jovem extremo, lançado por Barcos, reduziu a diferença com um bom golo.

Desta vez Jorge Jesus, que voltou a ver o jogo da bancada [está a cumprir um castigo de oito dias], fez duas alterações ao intervalo, prescindindo de Alan Ruiz e Barcos para lançar Podence e Slimani. O Sporting cresceu em campo, na mesma medida em que o Zenit quebrava em termos físicos e recuava. O Sporting voltou a conseguir pressionar alto e obrigou o Zenit a cometer erros, mas foram os russos que voltaram a marcar na segunda parte em que o ritmo de jogo caiu a olhos vistos, com as sucessivas alterações promovidas pelos dois treinadores. Um último golo que surge numa recuperação de Maurício que cruzou para o remate de Djordjevic que voltou a colocar mais uma vez em evidência as dificuldades da defesa leonina.

A verdade é que, com a defesa titular da época passada disponível, o Sporting consentiu nove golos nos últimos três jogos e marcou apenas seis. O próximo teste, ainda na Suíça, será com o PSV Endhoven já na próxima segunda-feira.