Retoma mantida pelos encarnados, adiada pelo lado dos insulares. Sem deslumbrar, o Benfica somou este domingo a quinta vitória consecutiva em jogos oficiais na visita a um Marítimo que vive uma crise de resultados como há muito não se via. Jonas - quem mais... - fez toda a diferença num jogo nem sempre bem disputado. Ganhou o penálti e converteu de forma irrepreensível.

A formação lisboeta manteve assim a retoma dos resultados positivos após um período conturbado em que o lugar de Rui Vitória esteve em risco, mas produziu efeito. Já a equipa madeirense continua sem vencer - o último triunfo aconteceu a 2 de setembro, na deslocação ao terreno do Desp. Aves - e passou a somar oito derrotas na Liga. Duas delas já com Petit ao leme.

Retomas à parte, a partida começou com um Marítimo pragmático, com as suas linhas recuadas e muito povoado na zona central. Petit optava claramente pela cedência da posse de bola aos encarnados, que assim foram obrigados a assumir as despesas do jogo e a ficar atentos ao contra-golpe dos insulares.

A história do primeiro tempo revelou um Benfica algo perdulário mas também com pouco critério na hora de fazer valer os seus argumentos. Cervi, aos 13 minutos, cabeceou ao lado e muito torto quando podia ter feito muito melhor. Pizzi, que se mantém longe das grandes exibições, também tratou de complicar, ora demorando a soltar a bola ora decidindo mal quando recorria à meia distância.

A equipa de Rui Vitória apostou em excesso na zona central, procurando um Jonas quase sempre encravado entre os centrais insulares. Mas também procurou as alas, sobretudo a direita. No entanto, até ao golo que veio a marcar já em cima do apito para o descanso, só criou perigo efetivo em lances de bola parada. Jardel chegou a cabecear por cima, na sequência de um canto, mas foi Grimaldo, aos 36 minutos, a obrigar Amir a uma grande defesa na sequência da cobrança de um livre direto em zona frontal.

Pelo meio, Rodrigo Pinho e Vukovic tentaram surpreender Odysseas, aos 15 m e 28 m, com o croata a ficar muito perto de marcar, após um grande passe de Correa, desde a direita do ataque madeirense, também numa transição rápida conduzida pelo corredor central.

O domínio encarnado intensificou-se com o aproximar do intervalo e a pressão encarnada acabou por dar frutos já em período de descontos. Cervi ganhou espaço na direita, serviço por Pizzi, e cruzou para Jonas, com o brasileiro a ser travado por Amir. O «pistolas» encarregou-se da marcação do castigo e, como esperado, não falhou, apesar de se estar a queixar das costas.

O golo sofrido já nos descontos do primeiro tempo não demoveu Petit de continuar a apostar na sua estratégia. Mas a entrada forte do Benfica após o reatamento levou o técnico dos insulares a recorrer ao banco.  Era preciso subir mais no terreno, e Gamboa cedeu o lugar a Edgar Costa.

A subida no terreno dos insulares fez-se a muito custo, e com muitas faltas. E com as substituições que se foram sucedendo de parte a parte, o jogo entrou numa fase com muito pouco futebol e sem claras oportunidade de golo.

À entrada para o último quarto de hora o Benfica recuou no terreno, perante o tudo ou nada do Marítimo em tentar chegar ao empate. Mas os muitos lances de bola parada ou de «chuveirinho», foram sendo controlados pelos encarnados, que só se libertaram do «colete de forças» que o Marítimo lhe tentou impor no período de descontos.