Figura: Tomané
Não marcava há dezasseis jogos, desde agosto. Regressou aos golos e teve uma participação preponderante nos resultado robusto carimbado pelo V. Guimarães. Tem pautado as suas exibições com suor, esforço e muita entrega. Esta noite deu cor à sua prestação com um golo, alimentando, no fundo, a sua veia de avançado. É apenas o seu terceiro golo, mas Rui Vitória não prescinde dos seus serviços. Esteve no cabeceamento que deu origem ao primeiro golo, e assistiu Hernâni para o fecho da goleada, ou seja, esteve em três dos quatro golos.



Momento: golo de Valente
Cruzamento da direita de Hernâni, Tomané aproveita uma primeira benesse do setor mais recuado da Académica para cabecear sem grande oposição. Lee ainda defendeu o primeiro remate do V.Guimarães, mas foi incapaz de travar a recarga de Ricardo Valente. Uma vez mais, a demonstrar-se muito permeável a defesa dos estudantes, deixando o guarda-redes Lee completamente desprotegido. Valente nem conseguiu acertar corretamente na bola; não foi preciso. Um toque subtil serviu para abrir o ativo e a dar o mote para a goleada.

Negativo: defesa da «Briosa»
Concedeu muitos espaços, falhou nas marcações e permitiu que se chegasse ao intervalo com um resultado muito expressivo. Os minhotos somaram vários lances de perigo, chegaram a uma vantagem de três golos e ainda enviaram uma bola ao ferro. Demasiado fácil para o Vitória.

OUTROS DESTAQUES:



André André
Mais um golo para a sua conta pessoal, o décimo da presente temporada. Grande penalidade batida de forma irrepreensível no frente a frente com Lee. Tem juntado à sua regularidade exibicional a capacidade de finalizar. Exibição sublime no meio campo do V.Guimarães.

Ivanildo
O jogador mais vertical da Académica, mais incisivo e com maior capacidade olhar a baliza adversária. Dos poucos que teve capacidade para segurar o esférico, levantar a cabeça e fazer o conjunto de Paulo Sérgio progredir no terreno. Foi várias vezes travado em falta pelos opositores.

Ricardo Valente
Estreia a titular no Estádio D. Afonso Henriques, com direito a serenata à chuva. Inaugurou o ativo à passagem do primeiro quarto de hora do encontro com uma recarga plena de oportunidade. Entendeu-se às mil maravilhas com Tomané e Hernâni no ataque vimaranense.



Hernâni
Um regresso aos golos também depois de um jejum, ainda que menor do que o de Tomané. O velocista do V.Guimarães não marcava há dois meses e carimbou a goleada diante da Académica. Exibição com mais brilho e nota artística do que propriamente produtividade.