A FIGURA: Rodrigão

Enorme capacidade de luta e entrega total ao jogo. Só na segunda parte, numa altura em que o Benfica teve mais unidades no apoio a Seferovic, começou a sentir mais dificuldades. Ainda assim, ficam na retina pelo menos duas vezes nas quais se colocou no caminho da bola em remates de Seferovic e de Everton.

 

O MOMENTO: xeque-mate de Lourency. MINUTO 81

O Gil Vicente procurava sobreviver ao assalto final do Benfica quando Lourency recebeu a bola na zona do meio-campo e disparou na direção da baliza de Helton Leite. Se ainda muito podia acontecer ao jogo nessa altura, o 2-0 dos visitantes desfez quase todas as dúvidas.

 

OUTROS DESTAQUES

Rafa: algo atabalhoado na primeira parte, melhorou nos segundos 45 minutos e foi um principal agitador do ataque dos encarnados. O golo que resgatou a esperança da equipa de Jorge Jesus nasceu de um desequilíbrio dele.

Otamendi: o que faz um defesa do Benfica num artigo de destaques de um jogo no qual quase tudo correu mal à sua equipa? Atesta, uma vez mais, que quase tudo correu mal. No meio da tempestade, acumulou um punhado de desarmes e interceções importantes. Ainda procurou fazer a contenção no lance do segundo golo dos minhotos, mas foi batido em velocidade por Lourency, que ia embalado. Voz de liderança, deu o exemplo aos companheiros e quase assinou o empate num remate improvável de fora da área já em tempo de compensação.

Leautey: começou o jogo a falhar uma receção fácil no corredor direito, travando uma transição que poderia ser promissora. Não terá sido por isso que Vertonghen e Grimaldo lhe deram o espaço que ele queria para se pôr a jeito de visar a baliza de Helton Leite no lance do 1-0 para os gilistas aos 35 minutos.

Lourency: acutilante sobre o corredor esquerdo e muito confortável com a bola nos pés. Quase marcou a abrir a segunda parte após um grande cruzamento de Joel. Passou das ameaças aos atos, aplicando o xeque-mate aos 81 minutos após uma grande arrancada. Competente também na missão de equilibrar defensivamente a equipa gilista naquele lado do terreno.

Joel: sublime nos duelos e no sentido posicional, anulou quase por completo o corredor esquerdo do Benfica. Esteve tendencialmente focado no trabalho defensivo, mas fez má cara quando foi chamado para alimentar ataque. A abrir a etapa complementar, tirou um cruzamento perfeito que Lourency não conseguiu aproveitar para assinar aquele que seria o 2-0 dos visitantes.