Sexta vitória consecutiva do Sp. Braga, comboio imparável. Primeiro tempo aberto e com bom futebol, mas só os minhotos marcaram. Segunda parte ficou marcada pelos bons golos de Paulinho e Platiny, e pelo fechar da contagem por Ricardo Horta.

Frente a uma equipa inspirada, em excelente momento de forma e com um bom futebol, os flavienses tentaram contrariar o bom astral arsenalista, sem sucesso, e somaram a terceira derrota consecutiva na Liga.  

O onze flaviense sofreu quatro alterações face à receção ao Sporting. Na defesa, Domingos Duarte regressou ocupando o lugar do sérvio Maras. Luís Castro teve ainda de mexer forçadamente no meio campo, perante a lesão de Bressan e o impedimento de Pedro Tiba, emprestado pelo Braga, com João Patrão e Stephen Eustáquio a entrarem no onze. Já no ataque, Matheus Pereira regressou para o lugar de Davidson.

Já os minhotos apenas tiveram uma alteração na equipa inicial face à vitória sobre o Moreirense, com Raul Silva a ocupar o seu lugar no centro da defesa, para o lugar do sérvio Rosic.

Eficácia e competência bracarense

Duas equipas tranquilas na tabela classificativa, com bons executantes, a quererem jogar um bom futebol. Tudo bons ingredientes para um final de tarde de espetáculo em Trás-os-Montes, que as equipas trataram de não defraudar.

Os transmontanos entraram a todo o gás no encontro, bem próximos da área bracarense, e logo aos três minutos Djavan subiu na esquerda para aparecer na área, após combinação com Patrão rematando com perigo.

O lance despertou a equipa de Abel Ferreira que viria a responder ainda com mais perigo, com Esgaio a servir Paulinho mas Ricardo defendeu o remate forte para canto.

Os primeiros 45 minutos foram assim, abertos, com a bola junto das duas balizas, mas só uma formação encontrou o caminho dos golos. Com Wilson Eduardo e Paulinho móveis na frente, a encontrarem espaço entre a defensiva e meio campo flaviense, o Braga foi ganhando ascendente com o avançar do tempo, e foi mais perigoso.

FICHA DE JOGO DO DESP. CHAVES-SP. BRAGA: 1-4

Do outro lado, com um meio campo diferente do habitual, Stephen Eustáquio demonstrou qualidade de passe, e João Patrão poder de tiro, mas faltou inspiração para criar mais perigo junto da baliza de Matheus. Nas alas, Perdigão e Matheus Pereira não se escondiam do encontro e deram trabalho aos minhotos, mas o perigo era menor.

No ataque bracarense os lances eram bem mais perigosos. Aos 23 minutos, Esgaio encontrou Vuckevic na área que viu Domingos Duarte tirar-lhe o golo.

Os flavienses iam evitando o golo em bola corrida, mas esqueceram-se das bolas paradas, e aos 27 minutos Jefferson encontrou Bruno Viana na área, numa movimentação boa do central que só teve de encostar para o primeiro.

O golo fez o Chaves esmorecer. Do outro lado, o segundo golo ficou mais perto e viria a aparecer. Aos 32 minutos Paulinho isolou-se mas viu Domingos Duarte novamente tirar o pão da boca na altura certa.

Mas aos 38 minutos nada houve a fazer para os flavienses quando o Braga encontrou espaço na sua defesa. Esgaio voltou a servir na perfeição, agora Ricardo Horta, que não se fez rogado e disparou a contar para o seu 10º golo da temporada.

Segunda parte valeu pelos bons golos

A equipa de Luís Castro ganhou fôlego ao intervalo e voltou sem dar o jogo por perdido. Com o adversário menos interessado em ter a bola, o Chaves dominou o controlo do esférico, e lutou com o seu habitual futebol de posse em chegar à baliza contrária.

Aos 54 minutos, Matheus Pereira tentou fazer tudo sozinho, conseguindo ganhar espaço para disparar forte, mas por cima, da bola de Matheus.

O facto de não ter a bola não significava que o Braga era inofensivo na frente. Raul Silva esteve perto de marcar aos 51 minutos, após canto, com Ricardo a fazer uma enorme defesa, que teve de repetir aos 56, num remate forte de Ricardo Horta, a aproveitar uma bola perdida à entrada da área.

Se os transmontanos queriam muito reentrar na discussão do resultado, faltava o golo, que esteve perto de acontecer aos 65 minutos, num cruzamento de Paulinho para William, que  já na pequena área desviou ao lado.

A diferença estava bem identificada, na finalização, e Paulinho arrumou com a partida aos 73 minutos, com toda a classe, a ‘picar’ a bola por cima de Ricardo, a passe de Goiano.

Luís Castro mexeu de imediato, perante o resultado pesado, e lançou Furlan e Platiny. O último, na primeira vez que tocou na bola, fez um golaço, ao rematar do meio da rua para o fundo das redes, aproveitando um  mau corte de Bruno Viana.

O arriscar do Chaves à procura da diferença mínima apenas deu mais oportunidades de golo para os visitantes. Paulinho esteve perto de bisar, mas foi Ricardo Horta que fechou o marcador, ao aparecer na área a concluir cruzamento de Jefferson na perfeição.