O Famalicão continua sem ganhar na I Liga, somando apenas três empates. Num jogo nem sempre bem jogado, os famalicenses tiveram as ocasiões suficientes para vencer a partida, mas não conseguiram ultrapassar a boa exibição de Paulo Victor, guarda-redes dos insulares, que defendeu, inclusive, uma grande penalidade.

O Marítimo amealhou mais um ponto fora de portas, acabando premiado por ter conseguido manter, de princípio ao fim, uma boa organização, sem nunca deixar de espreitar a baliza contrária. A divisão de pontos acaba por se ajustar.

Primeira parte morna

O Famalicão procurava contra o Marítimo conquistar a primeira vitória no campeonato. Depois de dois empates consecutivos, frente ao Sporting e no reduto do Moreirense, Ivo Vieira voltou a mexer no onze, mostrando que ainda não encontrou a equipa ideal. O técnico fez três alterações, todas no setor defensivo. Na baliza, Luiz Júnior cedeu o lugar a Dalberson; no eixo da defesa, Alex Nascimento rendeu Riccieli; e no lado esquerdo saiu Rúben Lima para entrar Adrián Marín.

Com um início de época menos atribulado, a formação madeirense sabia que, em caso de derrota, era apanhada na tabela classificativa pelo opositor. Julio Velázquez não quis ficar atrás do colega também protagonizou três alterações na equipa inicial. Na defesa, sai Vítor Costa para entrar Fábio China; no meio campo Pelágio rende Rossi; e na frente, sai o castigado André Vidigal e entra Henrique

Conscientes da importância do jogo, as duas equipas entraram cautelosas e preocupadas em construir jogo de forma equilibrada para não descurar a defesa. Por isso, a primeira parte foi muito tática e com poucos motivos de interesse, tornando-se, por vezes, enfadonha. Mais interesse havia no banco de suplentes, onde os dois técnicos davam constantes indicações aos seus jogadores.

Exceções ao marasmo, houve três. Os forasteiros foram os primeiros a estar perto do golo, aproveitando a apatia da defensiva local. No entanto, Ricardinho, completamente solto no coração da área, rematou ao lado. A turma anfitriã também podia ter marcado, mas Paulo Victor fez bem a mancha a Banza, que surgia isolado. Os de Famalicão ainda pediram grande penalidade, contudo o VAR confirmou a decisão de Vítor Ferreira.

Depois, e após canto, Pickel cruzou para o segundo poste onde Banza, uma vez mais, surgiu livre de marcação a cabecear ao lado. Foi tudo e foi só nos primeiros 45 minutos.

Penálti desperdiçado

Pouco ou nada mudou no início do segundo tempo. As equipas continuavam encaixadas, a jogar muito a meio campo, e o perigo andava longe das balizas. Ainda assim, os da casa tiveram uma soberana ocasião para se adiantar no marcador. O central Alex Nascimento, que tinha ficado na área contrária depois de um pontapé de canto, isolou-se e foi rasteirado por Zainadine.

Ivo Rodrigues, que hoje tinha a braçadeira de capitão, foi chamado à conversão, mas Paulo Victor adivinhou o lado e com uma excelente defesa impediu o golo. Julio Velázquez reagiu e fez duas alterações de uma assentada e outra logo a seguir. Ivo Vieira respondeu e também mudou duas peças.

O Famalicão tinha mais bola, enquanto o Marítimo jogava na expetativa à espera de roubar o esférico ao adversário e partir rápido em contra-ataque. No tudo por tudo, o treinador famalicense lançou Pedro Marques em jogo, passando a jogar com dois homens na área, retirando um elemento do meio campo.

Perto do fim, Banza cabeceou na área para uma excelente defesa de Paulo Victor, mais uma, e na recarga Pedro Marques atirou por cima quando tinha a baliza escancarada. Até ao apito final, o esférico rondou a área madeirense, mas os da casa ficaram longe do golo.