Valeu o golo de Toni Martinez ao cair do pano para que o Famalicão não terminasse a primeira volta com uma derrota. O Marítimo apresentou-se no Minho com a lição bem estudada e foi por muito pouco que não levou para casa três preciosos pontos. Os da casa estiveram quase sempre por cima do jogo, mas não criaram muitas oportunidades de golo. Já os insulares jogaram na expetativa, apostando no contra-ataque, e quase eram bem-sucedidos.

Os famalicenses entravam para esta a última jornada da primeira volta com a possibilidade de aumentar para quatro pontos a vantagem sobre o Sporting. Embora viesse de duas vitórias sem sofrer golos, para a Liga e para a Taça de Portugal, sabia que do outro lado estava uma equipa em ascensão: os insulares já não perdiam há quatro jogos (duas vitórias e dois empates).

O Marítimo trouxe a lição bem estudada de casa, fazendo a estreia do colombiano Diego Moreno. Deu a iniciativa de jogo aos famalicenses e aproveitava o erro contrário para sair em contra-ataque. Na saída de bola dos locais, Rodrigo Pinho colava-se a Gustavo Assunção, não deixando que o médio contruísse jogo. Estava criada a primeira dificuldade à equipa orientada por João Pedro Sousa, que também estreou Coly, defesa esquerdo emprestado pelo Nice.

Com bola, a formação insular acelerava o jogo e tentava chegar com êxito à baliza à guarda de Vaná. E foi assim que os forasteiros abriram o marcador. Bola longa a solicitar a velocidade de Joel Tagueu. Rodrick falha o corte, deixando o camaronês isolado e, à saída de Vaná, disparou em jeito para o fundo das redes.

O Famalicão reagiu de imediato ao golo. Pressionou, carregou sobre o adversário, mas deparou-se com uma equipa bem organizada e com dois centrais difíceis de ultrapassar. Por isso, raramente conseguiam criar ocasiões claras de golo, pelo que o intervalo chegou com os maritimistas a vencer pela margem mínima.

No reatamento, os famalicenses entraram com tudo e estiveram muito perto de marcar. Após jogada de Diogo Gonçalves, a bola sobrou para a esquerda para Fábio Martins, que rematou em arco acertando em cheio na trave. Os locais continuaram a carregar, mas estava difícil chegar ao golo.

José Gomes, que tinha perdido acutilância no ataque, colocou em campo Edgar Costa, mas pouco mudou. Respondeu João Pedro Sousa com Toni Martinez e Diogo Lameiras e, mais tarde, com Ofori. Contudo, apesar da maior posse de bola e de ter encostado o Marítimo lá atrás, os da casa nunca foram capazes de ultrapassar a organização defensiva do adversário. A exceção que confirma a regra surgiu já depois da hora: livre cobrado para a área por Coly e Toni Martinez a desviar para o golo do empate.