A FIGURA

Yazalde: Depois de uma primeira parte de trabalho e com apenas uma chance para marcar, acabou por se revelar decisivo, ao apontar o segundo golo do Rio Ave, numa finalização a preceito na cara de Pedro Trigueira. Móvel e lutador, continua a ser um dos avançados mais interessantes das equipas da linha média-alta do nosso campeonato.

O MOMENTO

Conexão Kayembe-Yazalde a decidir a partida. Quase a entrar nos últimos 20 minutos da partida, deu-se o momento que «arrumou» em definitivo com a discussão do resultado: Kayembe isolou Yazalde com um passe brilhante, de rutura, para as costas da defensiva academista e o «88» dos vilacondenses não desperdiçou. Os três pontos estavam assegurados, assim como a presença respeitável do Rio Ave entre os candidatos ao quinto lugar neste campeonato.

OUTROS DESTAQUES:

Kuca: Um autêntico «quebra-cabeças» para a defensiva academista. Mobilidade é o nome do meio deste extremo rápido e tecnicamente dotado. Procurando diagonais vezes sem conta, esteve em plano de destaque ao apontar o 0-1, após um belo desenho coletivo. Saiu lesionado a pouco menos de 20 minutos do final, mas o trabalho estava feito.

Edimar: Lateral que gosta de arriscar no ataque, deu largura e profundidade, mostrando-se em bom plano no apoio a Kuca e aos restantes avançados. Vertical, rápido e com capacidade de cruzamento, deu a assistência para o golo de Kuca. Defensivamente, apesar de ter tido um ou outro sobressalto, também cumpriu.

Kayembe: Entrou, viu e venceu. Ou fez vencer. Cinco minutos depois de Pedro Martins o ter lançado em campo, assistiu com um passe brilhante Yazalde para o golo que carimbou os três pontos para a formação vilacondense. Enérgico, rápido e com grande qualidade no passe e no toque, acabou por se tornar decisivo na resolução da partida.

Renan Bressan: Médio dinâmico e com personalidade, assumiu preponderância na segunda linha do meio-campo. Esteve na origem do primeiro golo, com um passe notável para Edimar e percorreu quilómetros e quilómetros, sempre de cabeça levantada e procurando a melhor linha de passe.

Leandro Silva: Nunca vira a cara à luta mas também pareceu contagiado por alguma letargia que afetou toda a equipa. Não foi tão influente como noutras vezes, embora com a passagem para a sua posição natural, após o intervalo, tenha melhorado um pouco. Num remate desviado de meia-distância, esteve perto do golo, ainda antes do Rio Ave ter feito o segundo golo.