O V. Setúbal bateu o Tondela por três bolas a uma, numa partida que ficou decidida num primeiro tempo cheio de reboliços e peripécias. Com este triunfo, os setubalenses assumem a quinta posição, em igualdade pontual com o Rio Ave.
 
Na realidade, todo a primeira parte no estádio João Cardoso foi do mais agitado que pode haver num jogo de futebol, mas em especial os primeiros 20 minutos. A equipa forasteira entrou em grande estilo e logo ao meio minuto de jogo já estava na frente, cortesia de André Claro. O jogador formado no FC Porto finalizou uma boa jogada na direita de Costinha, que contou ainda pelo meio com um desvio traiçoeiro do guarda-redes Cláudio Ramos. Logo de seguida, Costinha esteve perto de fazer o 0-2, numa inversão de papéis face ao primeiro golo, mas o remate saiu ligeiramente ao lado.
 
A resposta tondelense não se fez esperar: Guzzo foi travado na área do V. Setúbal por William Alves. Falta para grande penalidade, convertida pelo próprio Guzzo que, no entanto, viu o seu remate ser defendido por Ricardo Nunes, um especialista na arte de defender penáltis.
 
O jogo permaneceu em ebulição constante, com ambas as formações muito abertas, deixando as defesas demasiado expostas em certas situações. E foi nesta toada que o V. Setúbal aumentou o pecúlio, por intermédio de André Horta, num ótimo disparo de meia-distância, ao quarto de hora. Uma vez mais, a resposta do Tondela não se fez esperar muito...
 
Raphael Guzzo, desviado momentaneamente para a direita, cruzou para um desvio de Nathan Júnior ao segundo poste. Estava reduzida a diferença no marcador e relançada naturalmente a partida em Tondela.
 
A intensidade do jogo baixou ligeiramente até ao intervalo, mas este continuou aberto e interessante, numa autêntica partida de parada-resposta. Até que, à entrada para os últimos dez minutos do primeiro tempo, Nuno Pinto cruzou uma bola contra o braço de Edu Machado e o árbitro assinalou grande penalidade, desta feita favorável aos forasteiros. André Claro não enjeitou a oportunidade de aumentar a vantagem sadina.
 
Vantagem essa que se manteve até ao intervalo, apesar dos seis minutos de compensação dados por Luís Godinho, compreensíveis face às inúmeras paragens ao longo dos primeiros 45 minutos.
 
Segunda parte de controlo setubalense
 
O jogo continuou partido após o intervalo e o recém-entrado Arnold viu um golo ser-lhe anulado logo aos três minutos. Pouco depois, foi Dolly Menga que esteve perto do golo, após uma boa jogada no lado direito. Entretanto, Petit decidiu lançar Romário Baldé de forma a agitar ainda mais com o jogo de ataque da equipa tondelense...
 
E, na verdade, foi a formação da casa que foi tendo mais iniciativa, com particular destaque para os rasgos de Guzzo e as arrancadas de Dolly Menga. Os vitorianos iam deixando correr a partida de forma pragmática, apostando mais em saídas rápidas, visando os movimentos em profundidade do veloz Arnold.
 
Até ao final, o Tondela foi buscando o ataque, embora de forma inconsequente. Faltava o discernimento e também as forças à equipa de Petit. Aliás, a melhor oportunidade da parte final de jogo pertenceu ao melhor em campo, André Claro, num remate ao poste.
 
E assim sendo, o Vitória assegurou um importante triunfo que os recoloca na rota da Europa, depois do ligeiro desvio de percurso da última jornada frente ao Benfica. Já o Tondela mantém-se numa zona extremamente delicada da tabela. Vencer tornou-se numa urgência para Petit...