Marítimo e Sporting empataram este sábado (2-2) num bom jogo de futebol a contar para a 18.ª jornada da I Liga.
Tal como havia feito com o Paços de Ferreira na jornada anterior, o Marítimo entrou a marcar numa altura em que ambas as equipas ainda procuravam estudar-se mutuamente. Aos 7 minutos, na primeira incursão pelo último do Sporting, Éber Bessa sofreu falta sobre o lado esquerdo e já perto da área de Rui Patrício. O brasileiro encarregou-se de marcar o livre directo e acabou por inaugurar o marcador, perante alguma apatia do guardião leonino..
O Sporting não perdeu tempo em reagir e reforçou a sua presença no meio campo ofensivo insular, com os homens de Daniel Ramos a evidenciar algumas dificuldades para suster as investidas da equipa visitante. Após conquistar dois cantos quase seguidos, Coates, aos 20 minutos, conseguiu saltar mais alto e cabecear ao lado, na sequência da marcação de um livre sobre a direita. Charles estava batido no primeiro lance perdido.
O aviso não foi atendido pela equipa da casa e três minutos depois, Bas Dost acabou por empatar a contenda, marcando o 14.º golo no campeonato. Na sequência da cobrança de novo livre, desta feita sobre a esquerda, o holandês saltou imperial no meio de um grupo de jogadores e cabeceou sem hipóteses para o jovem guardião Charles.
FICHA DE JOGO DO MARÍTIMO-SPORTING
Os pupilos de Jorge Jesus procuraram manter o domínio que vinham exercendo sobre o Marítimo, mas os insulares fizeram questão de sacudir a pressão do golo sofrido. Aos 30 minutos, Dyego Sousa protagonizou um dos momentos que tornam o futebol no desporto-rei. Descaído sobre a esquerda, o avançado brasileiro desferiu um pontapé fortíssimo levando a bola a embater com estrondo no ferro da baliza do Sporting. Teria sido um golo fantástico e sem hipóteses para o guardião campeão da Europa.
O lance espevitou o conjunto insular, que ao continuar a pressionar o Sporting veio a conquistar um livre ainda longe da área leonina. O relógio marcava 32 minutos de tempo de jogo quando o central Raul Silva apareceu sozinho entre os centrais e guarda-redes leoninos a cabecear para o segundo.
Os centrais do Sporting não acompanharam o movimento do central do Marítimo, que acabou por marcar o seu terceiro golo na I Liga (igualando o colega Maurício), nem muito menos Rui Patrício, que quando saiu da baliza já tinha Raul a perguntar-lhe para que lado queria...
A formação leonina acusou o golo em demasia, já que até ao intervalo sucederam-se lances em que foi notória alguma ansiedade, com perdas de bola sucessivas. O exemplo mais evidente da intranquilidade leonina teve como protagonista Rui Patrício, que aos 44 minutos largou e adianta a bola, batendo pelo meio contra um adversário. Valeu que acabou por decidir o que é que queria fazer com a bola.
No regresso do descanso, Jorge Jesus deixou Zeegelaar nos balneários para meter em jogo Alan Ruiz, e colocando Bruno César na lateral esquerda. Mas foi o Marítimo a reentrar melhor, com transições rápidas que também beneficiaram de muito espaço nas costas da defensiva leonina.
DESTAQUES DO JOGO: Raul Silva e Gelson, os melhores
Aos 58 minutos Rui Patrício efectuou uma grande defesa, mas mesmo que o não o tivesse feito, o golo teria sido anulado, já que a equipa de arbitragem entendeu que na altura do remate havia um elemento insular em fora de jogo e interferiu com a acção de Rui Patrício
O jogo corria de feição ao Marítimo, mas foi o Sporting a chegar ao empate. Aos 60, Gelson Martins apareceu solto na área para dar o melhor seguimento a um cruzamento de Bruno César, desde a esquerda. Fransérgio não acompanhou o jovem leonino e este teve tempo para escolher onde e como queria meter a bola na baliza de Charles.
Nesta altura, Jorge Jesus já havia chamado Joel Campbell. Mas o golo levou o técnico leonino a chamar também William, tendo ambos entrado para os lugares de Bryan Ruiz e Palhinha. Daniel Ramos respondeu pouco depois, trocando o lesionado Patrick por Zainadine, reforço que chegou à Madeira neste Inverno.
A partida entrou então numa fase bem rasgadinha, com ambas as equipas a procurar desfazer o empate, mas com o Sporting mais perto de o fazer.
Aos 81, Alan Ruiz, que estava em posição legal, chegou a introduzir o esférico na baliza insular, mas a equipa de arbitragem anulou o tento por entender que havia fora de jogo.
Na resposta, aos 86, Fransérgio ganhou posição de golo, após grande jogada, mas atirou ao lado, naquele que foi o último lance de perigo da partida.
No final do jogo, jogadores e equipa técnica do Sporting dirigiram-se à zona do estádio onde se encontravam concentrados muitos adeptos leoninos, mas tiveram de desistir da ideia porque foram recebidos com um coro de apupos e assobios, havendo mesmo alguns elementos das claques que tentaram forçar uma invasão de campo.
