A meio de uma eliminatória europeia frente à Roma, num jogo que claramente não seria o mais motivador para o Sp. Braga, a equipa e Carlos Carvalhal fez uma gestão supereficiente do momento, despachando o Tondela com um resultado expressivo por quatro bolas a duas na pedreira.

Mesmo sem acelerar o jogo, os bracarenses tiveram domínio total do encontro e cumpriram com eficácia frente a um Tondela demasiado curto para dar luta aos guerreiros; guerreiros que ultrapassam o FC Porto à condição, ascendem ao segundo lugar, solidificando assim o lugar ocupado no pódio.

Repetem-se os números da primeira volta, uma vez que o Sp. Braga já tinha batido o Tondela por 4-0 no terreno dos beirões, anotando-se apenas os golos sofridos desta vez. Num bom momento, sem perder há cinco jogos na Liga, os bracarenses mantêm a tração à frente num contraste absoluta com o Tondela, que somou a sétima derrota consecutiva fora de portas.

Pela esquerda e à bomba

O embate desta noite na pedreira nem foi propriamente empolgante. O diferencial qualitativo entre os dois emblemas permitiu aos bracarenses jogar a um ritmo baixo mas, ainda assim, suficiente para relegar o Tondela no seu meio campo.

Sem surpresas ao minuto dezoito Piazón abriu o ativo com um remate de primeira já no interior da área a corresponder da melhor forma a um passe de Galeno na esquerda. Tímido, o Tondela tentava esticar o seu jogo até ao ataque, mas de forma esporádica e sem perigo.

Em apenas dois minutos na reta final da primeira metade o Sp. Braga desnivelou o encontro, chegando aos três golos de vantagem e arrumando, dessa forma, a questão. Uma vez mais pela esquerda, desta vez foi Borja a tirar o cruzamento, com Ricardo Horta a aproveitar as cerimónias beirãs a limpar o lance para disparar fortíssimo para o segundo arsenalista.

Apenas dois minutos depois, aos 42’, João Novais fez jus à sua fama na meia distância para disferir uma autêntica bomba de fora da área para fazer o terceiro da equipa da casa. Grande golo do médio, o momento da noite.

Velocidade estável e golos sofridos na reta final

Se os bracarenses terminaram a primeira metade de forma estonteante, iniciaram o segundo tempo num tom idêntico e ameaçando uma goleada histórica. Piazón bisou na partida logo aos cinco minutos já depois de ter falhado completamente isolado e dois minutos depois Ricardo Horta esteve também ele perto de bisar.

Nem as três alterações promovidas ao intervalo por Pako Ayestarán conseguiram atenuar a diferença de forças à flor do relvado, com o Sp. Braga a continuar a sua toada. Uma velocidade estável, não propriamente elevada, mas o suficiente perante um Tondela demasiado frágil. Sucederam-se as ocasiões, cedo se percebeu que a dúvida seria relativamente aos números do triunfo.

Numa fase estonteante de jogos Carlos Carvalhal ainda conseguiu fazer a gestão da sua equipa, colocando em campo nomes como Gaitán, Fransérgio e Sporar, dando descanso a Musrati, Galeno e Ricardo Horta.

Já nos instantes finais Souleymane e Jaquité deram um ar da graça do Tondela na pedreira, fazendo o segundo e terceiro golos da história dos beirões na pedreira, mas ainda assim não evitando a sexta derrota em igual número de visitas a Braga. O Tondela continua sem um único ponto conquistado na cidade dos arcebispos, portanto.  

Triunfo incontestável do Sp. Braga, que se segura no pódio, pressionando FC Porto e Benfica. Na quinta-feira os pupilos de Carlos Carvalhal jogam no Olímpico de Roma.