A figura: Wakaso
Exibição portentosa do médio, ganhando inúmeros duelos no setor intermediário. Durante todo o encontro, foi um gigante naquela zona do terreno. Frieza nos momentos de posse de bola e com um pulmão inesgotável. Um desempenho para mais tarde recordar, seguramente.

O momento: pecado capital de Samaris
O Rio Ave ia pressionando em busca do empate e seria o errante Samaris, num golpe do destino, a desviar a bola com o braço no interior da área do Benfica. Grande penalidade convertida de forma superior por Ukra, anulando a vantagem encarnada. Júlio César bem se esticou mas nada podia fazer. O início do fim para o Benfica.

Outros destaques:

Diego Lopes
Iniciou o encontro no banco de suplentes, tal como na jornada anterior, mas Pedro Martins decidiu esgotar as substituições à hora de jogo e Diego Lopes acabou por transfigurar o futebol do Rio Ave. Atirou uma bola ao poste num movimento fantástico e assistiu Del Valle para o 2-1. Divide com Wakaso o prémio de homem do jogo. Entrada fulgurante do médio que passou pela formação encarnada.

Dell Valle
Exibição em crescendo. Com a habitual velocidade pelos flancos, tornou-se mais perigoso quando Hassan teve de sair devido a lesão e surgiu como falso ponta-de-lança, pelo centro. A defesa do Benfica sentiu grandes dificuldades para o travar na segunda metade e seria mesmo Del Valle a garantiu o triunfo do Rio Ave ao cair do pano.

Salvio
Num Benfica privado de Gaitán, Salvio aceitou o repto e assumiu a responsabilidade de manter a fluidez nos flancos encarnados, algo que Talisca nunca conseguiu fazer do outro lado. Marcou o golo que colocou o Benfica em vantagem. Passe magistral de Pizzi, fuga perfeita e o 13º golo da conta pessoal, em 33 jogos. 9 deles na Liga, alcançando o registo de Talisca na prova. Salvio iguala a sua melhor marca com a camisola do Benfica, ele que marcou iguais 13 golos em 2012/13, mas em 51 jogos. Hoje, não chegou, ainda assim.

Pizzi
Destaque natural por um passe fantástico ao quinto minuto de jogo. Antes da linha do meio-campo, viu Salvio a fugir pelo centro do terreno e, num desenho com regra e esquadro, deixou o argentino na cara de Ederson para o 0-1. Continua a crescer e vê-se obrigado a trabalho redobrado quando Samaris está em dia não, como foi o caso em Vila do Conde. Perdeu fulgor na segunda metade.

Samaris
Com deficiências notórias no capítulo do passe, serve essencialmente como um destruidor de jogo do adversário. Porém, nem isso lhe correu bem em Vila do Conde. Acabou por cometer uma grande penalidade que possibilitou ao Rio Ave chegar ao empate. Jogo fraquíssimo.