No embate entre leões era proibido perder pontos de modo a que nenhuma das equipas se atrasasse na luta pelos objetivos que persegue. O Sporting para não deixar fugir o Benfica no topo da liderança e para poder deixar o Porto a confortável distância e o Marítimo na perseguição dos lugares que dão acesso às competições europeias.

Confira a FICHA DO JOGO

Entraram melhor os leões de Alvalade e depois de ameaçarem uma primeira vez ainda nem estava decorrido o primeiro minuto, chegaram mesmo ao golo à passagem do minuto três, na transformação de uma grande penalidade convertida por Adrien, a castigar uma falta clara e desnecessária de Márcio Rozário sobre Carlos Mané.

O início de jogo era eletrizante e os pupilos de Leonardo Jardim ainda festejam o golo quando os verde-rubros chegaram ao tento do empate. O ditado é antigo: quem não marca arrisca-se a sofrer. E foi exatamente isso que aconteceu aos lisboetas. Depois de uma excelente intervenção de Salin a negar o segundo tento aos visitantes, Danilo Pereira lançou Danilo Dias em velocidade na direita, que cruzou para a entrada de área onde Derley amorteceu para a bomba vitoriosa de Theo Weeks. Rui Patrício bem se esticou mas nada havia a fazer.

Os leões do Almirante Reis ainda ameaçaram novamente ao minuto 15, aproveitando um lance de desconcentração da defesa leonina, que permitiu o remate com selo de golo de Artur. Contudo, a mira estava ligeiramente desafinada e a bola acabou por passar perto da trave da baliza à guarda de Rui Patrício.

O Marítimo dava então o domínio de jogo ao Sporting e aguardava para lançar rápidas transições. No entanto, os leões de Alvalade optaram muitas vezes por um futebol direto para Slimani, acabando por prejudicar o seu jogo, as intenções do Marítimo e o futebol espetáculo, embora William Carvalho e Mané, a espaços, tentassem levar a equipa para a frente.

Os guarda-redes eram meros espetadores deste encontro até que o Sporting, na transformação de um canto na direita (só podia ser de bola parada), acabou por encontrar William Carvalho no interior da área, que no meio da confusão fuzilou autenticamente o francês responsável pela guarda das redes dos da casa.

O jogo arrastou-se então até ao intervalo pedindo a jogadores como Héldon, do lado do Sporting, e, Artur, do lado do Marítimo, que tivessem um papel mais interventivo nas alas, de modo a que qualidade pudesse subir, mas tal acabou por não se verificar.

Os destaques do jogo

Com a chegada do segundo tempo começou a aparecer o até aí muito apagado Héldon, mas as suas intenções foram quase sempre mais bem pensadas do que executadas, acabando por rematar perto do poste logo no segundo minuto do segundo tempo e para defesa segura de Salin à passagem do minuto 59.

O Marítimo ainda ameaçou por duas vezes a baliza de Rui Patrício, primeiro por Artur, que na transformação de um livre à entrada de área fez a bola passar perto da trave e depois por Danilo Pereira, num cabeceamento à figura. No entanto, a melhor oportunidade pertenceu mesmo ao Sporting. No intervalo de ambas as jogadas dos da casa, Slimani partiu em direção à baliza e perante a oposição de Márcio Rozário atirou para a defesa da noite de Salin.

Os verde-rubros acreditavam no empate e cresceram no terreno de jogo, começando Derley a dar nas vistas pelas oportunidades desperdiçadas, já que o brasileiro teve o golo por três vezes na cabeça, mas não foi capaz de concretiza nenhuma das oportunidades.

E, uma vez mais, lá diz o ditado que quem não marca arrisca-se a sofrer. Não aproveitou o Marítimo e o Sporting terminou com a discussão do resultado, num lance conduzido por Jefferson na ala esquerda que só parou no fundo das redes maritimistas.

Bateram-se bem os da casa, mas acabaram por ser impotentes para travar um Sporting muito pragmático, que fez o seu jogo valer pelo coletivo e somando mais três preciosos pontos na luta por objetivo não assumido, nomeadamente o do título nacional, ficando agora a aguardar os desfechos dos jogos dos seus rivais diretos para perceber melhor a sua posição na tabela classificativa.