O Sp. Braga recuperou o quarto posto da classificação, fechando a décima jornada da Liga com um triunfo caseiro (3-0) sobre o Rio Ave, voltando assim aos triunfos no campeonato depois da derrota da última ronda frente ao Belenenses.

Repetindo o mesmo onze que mediu forças com o Estoril para a Taça da Liga, o conjunto bracarense manteve sempre o controlo do jogo, mesmo que, por vezes, se registasse maior ascendente dos vila-condenses. Veio ao de cima o pragmatismo bracarense na hora de fazer o primeiro golo, em cima do intervalo, e a serenidade e qualidade para arrumar com o jogo, não permitindo uma reação ao Rio Ave.

Ainda em todas as frentes, o Sp. Braga não cede terreno no campeonato, mostrando ser uma equipa versátil perante um Rio Ave que evoluiu para a quarta jornada consecutiva sem marcar qualquer golo em por isso, sem ganhar.

Guerreiros a remar contra a maré

Num embate entre duas equipas a fazer por colocar em prática a sua filosofia e a sua identidade, alternou-se o ascendente do jogo. Ora dominas tu, ora fico eu por cima, tornando o jogo interessante sob o ponto de vista estratégico, mas sem os verdadeiros condimentos de um jogo de futebol: perigo junto das balizas.

Entre um domínio territorial do Sp. Braga e um domínio mais vertical do Rio Ave, acabou por pertencer aos vila-condenses o maior ascendente ofensivo no que a lances em que efetivamente houve tentativa de visar a baliza adversária. Matheus começou por ter mais trabalho do que Kieszek, enquanto o ataque do Sp. Braga, órfão de Galeno, ia sendo inoperante.

Num dos derradeiros lances da primeira parte os guerreiros deram a volta ao texto e remaram contra a maré, chegando ao golo ao penetrar pelo corredor central. Castro ganhou a Ivo Pinto no corpo a corpo, ficando em condições para servir Ricardo Horta, que encostou para o fundo das redes, colocando assim o Sp. Braga em vantagem.

Vila-condenses sem armas

Confortável na frente do marcador, o Sp. Braga não acelerou no segundo tempo. Fez a gestão do jogo com tranquilidade e com paciência, paciência que ia escasseando a um Rio Ave que demonstrava, após o intervalo, poucos argumentos para estender o seu jogo até ao ataque.

No momento certo, quando estava cumprida pouco mais de uma hora de jogo, Iuri Medeiros serviu Fransérgio com um cruzamento açucarado, sendo que o médio correspondeu da melhor forma no miolo, disparando a contar. Ponto final no jogo, selando-se assim o triunfo. Faltava apenas o golo de Paulinho, um acessório que se juntou ao resultado final, porque o triunfo estava definido.

Esmoreceu o Rio Ave, controlou o Sp. Braga. A turma de Vila do Conde não marca há 360 minutos, e vê o comboio da frente fugir, enquanto que o Sp. Braga se vai mantendo firme na carruagem principal nas diversas competições.

Depois de assegurar a continuidade em prova na Liga Europa, Taça de Portugal e Taça da Liga, os guerreiros mostram também no campeonato versatilidade para continuar em todas as frente.