Por: Nuno Dantas

O Belenenses carimbou o passaporte para a Liga Europa depois de vencer em Barcelos por 2-0 e de ter beneficiado do triunfo folgado do Nacional sobre o Paços de Ferreira (3-0), o grande derrotado desta ronda. É o regresso à Europa oito anos depois de ter marcado presença, na altura orientado por Jorge Jesus. Dois anos depois de ter subido à I Liga, um dos clubes que lutam pelo título de quarto grande, o Belenenses europeu está de volta.

Jorge Simão apanhou a meio um comboio que arrancou da estação sob o comando de Lito Vidigal, e conseguiu levá-lo ao destino. E foi mesmo na última oportunidade que o Belenenses assegurou a presença na Europa. Os pacenses levavam vantagem; o Nacional também podia chegar lá, mas acabaram por ser os lisboetas a festejar. E que festa! No final da partida, sabendo do resultado dos castores, jogadores, equipa técnica e dirigentes festejaram junto dos adeptos o feito alcançado.

Para lá chegar, o Belenenses tinha de vencer em Barcelos, o já despromovido Gil Vicente, que tinha ‘apenas’ em jogo a dignidade. Perante um estádio praticamente vazio, para a turma do galo este jogo era apenas para cumprir calendário e a pressão estava toda do lado dos de Belém. A contrastar com a tarde quente, a primeira parte nunca chegou a aquecer verdadeiramente. E foi a equipa mais solta, mais despreocupada e mais móvel na frente de ataque a criar a única ocasião de golo, com Yazalde a acertar no poste. De resto, assistiu-se a um jogo mastigado, sem oportunidades de golo.

A segunda parte foi diferente. As duas equipas entraram mais afoitas e a ameaçar as balizas. João Vilela deu o mote pelos da casa e Dálcio, que estaria no golo inaugural, deu o aviso dos lisboetas. Carlos Martins, que comanda todo o jogo do Belenenses, rasgou a defesa gilista e o golo apareceu. Depois, assistiu-se a uma ligeira reação dos barcelenses, no entanto, voltou a aparecer o Gil da primeira volta. Desorientado, sem cabeça, a fazer asneiras: em três minutos, dois jogadores expulsos (Gabriel e Berger). Indiferente a tudo isto, os de Belém voltaram a marcar e depois… foi só festejar.