Rúben Ribeiro terá pela frente um desafio extra nesta aventura ao serviço do Sporting: acabar com a «maldição» do número 7, aquele que, segundo revelou nas redes sociais, será o seu na nova temporada.

O jogador contratado ao Rio Ave vai utilizar um número que ficou sem dono no final da época passada, desde a saída de Joel Campbell, o último 7 do Sporting. Ora, este é apenas um exemplo de uma já longa lista de jogadores com muitas histórias infelizes enquanto envergaram a camisola 7, ou pelo menos histórias sem sucesso.

O primeiro 7 do Sporting, desde que os números passaram a ser fixos na época 1995/96, foi Luís Figo. Não é difícil reconhecer que o Bola de Ouro foi, também, o melhor, claro. A partir daí começaram os problemas.

Quando Figo rumou a Barcelona, a camisola 7 passou para Sá Pinto que enfrentou um castigo pesado pela agressão ao selecionador nacional Artur Jorge e deixou o clube, reforçando a Real Sociedade. Voltaria após o Euro 2000, escolheu novamente a 7 e…lesionou-se com a gravidade. Acabaria, na época seguinte, por optar pelo número 10 e... foi campeão.

Enquanto Sá Pinto esteve fora, a 7 foi de Iordanov (1997/98), que enfrentou lesão grave, Leandro Machado (1998/99), que teve vários problemas fora dos relvados, e Delfim (1999/00), outro que sofreu com vários problemas físicos.

Em 2001, quando Sá Pinto optou pelo número 10, a camisola 7 passou para o reforço Marius Niculae. Começou bem e…lesionou-se com gravidade. Ficaria com ela até 2003, com vários problemas físicos pelo meio.

Entre 2003 e 2007 ninguém quis o número 7 no Sporting, até que chegou Izmailov e mostrou-se alheio a superstições. Novamente o talento foi traído pela condição física em várias alturas.

Em 2011 o búlgaro Bojinov herdou a camisola, mas poucas vezes a vestiu em campo. Criou problemas e acabou em tribunal.

No ano seguinte foi Jeffrén que ficou com a 7, também sofreu com lesões e acabou afastado do plantel principal. Seguiu-se nesta lista Shikabala, na época 2013/14. Uma história de insucesso, fugas, desaparecimentos e vários problemas disciplinares. Que acabou dois anos depois, com ameaças de queixas na FIFA pelo meio.

Campbell foi o último. Chegou como grande contratação, vindo do Arsenal, mas saiu pela porta pequena: foi afastado por Jesus das opções, jogou pouco na segunda metade da temporada e hoje está no Bétis, onde realizou apenas quatro jogos em meia época.

Ruben Ribeiro fica por isso com uma herança complicada: mudar o rumo e devolver ao número 7 a magia e consistência dos tempos de Figo.