O Rio Ave continua a sua caminhada, sempre mais feliz longe do Estádio dos Arcos. Mesmo sem ganhar há quatro jogos, deslocou-se a Barcelos para bater o aparentemente mais tranquilo Gil Vicente por 2-1. Os homens de João de Deus apresentaram-se muito amorfos depois dos dois triunfos nas jornadas anteriores. O encontro foi resolvido a dois minutos dos noventa, de grande penalidade.

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Sem castigados, o que já não acontecia há algumas jornadas, o regresso de Danielson ao eixo da defesa foi a maior novidade do Gil Vicente. Pek’s manteve-se no onze, relegando Halisson para o banco de suplentes. De resto, tudo igual comparativamente com a equipa que venceu em Paços de Ferreira há uma semana. Os gilistas continuam limitados com seis baixas por motivo de lesão.

Do lado do Rio Ave, o técnico Nuno Espírito Santo não pôde contar com os defesas Nuno Lopes e Marcelo, ambos castigados. Roderick jogou no eixo fazendo dupla com Rodriguez, enquanto que Lionn regressou à lateral direita depois de uma ausência de praticamente um mês, a contas com uma lesão na mão.

Rio Ave mais tranquilo

A tarde foi de sol em Barcelos, apetecível para a prática de futebol. O Rio Ave deslocou-se em águas tranquilas apesar de não vencer há quatro jogos. Os pupilos de Nuno Espírito Santo apresentaram-se no Estádio Cidade de Barcelos muito organizados e sem acusar a pressão de já não vencer há um mês.

João de Deus tinha dito, em conferência de imprensa, que a sua equipa estava «tranquila e motivada» fruto dos dois triunfos consecutivos. Não se notou esse estigma e o conjunto gilista esteve amorfo e sem grandes rasgos de genialidade. Nem os lances estudados de bola parada saíram bem aos minhotos que acabaram por ver o Rio Ave chegar à vantagem.

À passagem dos vinte minutos, Rúben Ribeiro deu um pontapé no marasmo que assolava o Minho. Na sequência de uma jogada na área vilacondense, com o embrulhado habitual , a bola sobrou para Rúben Ribeiro fazer o resto. Pontapé cheio de confiança a impor justiça à entrada mais forte dos vilacondenses.

Grandes penalidades mexem marcador no segundo tempo

A tentativa de resposta do Gil Vicente foi quase sempre atabalhoada e esbarrou na organização do Rio Ave. Em vantagem, a equipa de Vila do Conde fazia por reter a bola, circulando-a em toda a profundidade do terreno.

Já com Mosquera e Diogo Viana em campo, o Gil Vicente foi novamente resgatado por uma grande penalidade. Há quinze dias pôs fim a uma série de dezasseis jogos sem vencer de grande penalidade, este sábado foi novo castigo máximo a dar o empate aos galos. Sem César Peixoto em campo foi Hugo Vieira a encarar Ederson da marca dos onze metros. Alheio aos protestos vilacondenses, Hugo Vieira bateu Ederson.

Contudo, este não foi o único castigo máximo assinalado por Jorge Sousa. A dois minutos dos noventa, Keita viu a bola embater-lhe no braço, dando hipóteses a Ukra de carimbar os três pontos para a equipa de Vila do Conde. Assim foi, o extremo não falhou rubricando aquele que foi o momento do encontro.

Final frenético no Estádio Cidade de Barcelos, com um jogo que até havia sido morno a resolver-se nos minutos finais e envolto em polémica com uma grande penalidade para cada lado. Foi mais feliz o Rio Ave, fez por merecer, e pôs um travão à retoma do Gil.