O Benfica passou à tangente em Barcelos e está de regresso à liderança do campeonato. As águias venceram numa casa onde FC Porto, Sporting e SC Braga não passaram – os dois primeiros perderam e o último empatou. Vitória importantíssima da turma de Bruno Lage depois de quatro partidas sem vencer. Já o Gil Vicente tentava o feito inédito de vencer, na mesma temporada, os três grandes.

Os encarnados, pressionados pelo triunfo da véspera dos dragões, estavam mais do que avisados para as dificuldades que iriam encontrar em Barcelos e entraram cautelosos. Tentaram pegar no jogo desde o início, mas quando perdiam o esférico recuavam as linhas e esperavam pelos galos.

Por isso, apesar das águias terem maior domínio, os lances de perigo junto às balizas estavam em pé de igualdade. A formação de Bruno Lage privilegiava os passes de rutura, nas costas dos barcelenses, tentando tentar proveito da velocidade de Rafa e Vinícius. Pizzi também fletia constantemente para o centro, entrando por trás do avançado brasileiro.

Acabou por desequilibrar Taarabt. Temporizou na esquerda e cruzou para Carlos Vinícius que apareceu completamente solto a área a cabecear para golo. Era o tónico que os encarnados precisavam para tranquilizar e encarar o jogo de outra forma.

Já os barcelenses, ao contrário do habitual, tentaram pressionar alto e eram apanhados em contrapé. Ainda assim, os comandados de Vítor Oliveira podiam ter chegado ao empate. Baraye e Lourency tiveram nos pés e cabeça o golo, mas Odysseas levou sempre a melhor. Pelo meio, Vinícius até voltou a marcar, no entanto o lance foi invalidado por fora de jogo.

No reatamento, os galos continuaram subidos e a condicionar a saída de bola dos encarnados. Porém, aos poucos o campeão nacional foi colocando gelo e temporizando o tempo de jogo. E, ao som de uma música de embalar, foi adormecendo o galo, estando perto de marcar o segundo. Taarabt recebeu de peito na área, rodou e rematou à meia volta com estrondo à barra.

Vítor Oliveira mexeu, estreando no campeonato o regressado Hugo Vieira e dando velocidade ala, com a entrada de Lino. A resposta de Bruno Lage chegou já no último quarto de hora. Dyego Sousa refrescou o ataque encarnado. No entanto, nada mudou. O Benfica preocupava-se mais em manter o perigo afastado da sua baliza do que alvejar a contrária.

Os gilistas, embora de forma algo atabalhoada, tentaram o tudo por tudo para chegara à igualdade. Contudo, o melhor que conseguiram foi por à prova por uma única vez Odysseas. Do outro lado, Denis, já em tempo de desconto, evitou o golo do isolado Cervi, mas não a derrota.