FIGURA: Fejsa
Não foi só um médio recuperador de bola. Apertou os adversários, pressionou mais à frente do que é habitual e conseguiu entregar com qualidade. Atravessa um bom período em termos físicos e contagia os colegas, comunicando constantemente. Evoluiu tecnicamente, é nesta altura um médio de maior dimensão e suporta com muita qualidade o lado tático da equipa. Jogo enorme!  

MOMENTO: Jiménez, outra vez ele (minuto 75)
O salvador mexicano entrou e voltou a decidir. Desta vez de cabeça, a aproveitar um corte defeituoso de André Vilas Boas e uma bola devolvida pela barra da baliza de Cássio. Não precisou de tocar muitas vezes na bola para ser uma das figuras da partida. Um ponta de lança que já começa a merecer o rótulo de arma secreta.

UM MEXICANO A LANÇAR A ONDA: LEIA A CRÓNICA DO JOGO

OUTROS DESTAQUES

Marcelo
Impressionante! Não perdeu um lance com Mitroglou e obrigou o grego a sair de cabeça baixa da partida. Rápido, instintivo, forte no ar e a jogar em antecipação. Perfeitamente recuperado da grave lesão que o afastou meses a fio, Marcelo volta a ser um dos bons centrais da Liga portuguesa. Fez um jogo praticamente perfeito e influenciou positivamente André Vilas Boas, colega do setor nesta noite. Pelo menos até ao momento em que o capitão falhou com estrondo no corte que originou o golo de Jiménez. 

Nico Gaitán
O primeiro a agitar o jogo, o primeiro a ter o golo nos pés – o esquerdo, naturalmente – e a obrigar Cássio a defesa segura. Logo no início da segunda parte, como que se fosse ele a indicar o caminho da vitória aos colegas. Sem bola nunca abandonou Eliseu e não foi raro vê-lo a sprintar para posições defensivas. Taticamente disciplinado, tecnicamente refinado, futebolisticamente evoluído. Depois do golo de Raul Jiménez, a forma como guardou a bola foi encantadora, mas exagerou perto do fim e Hélder Postiga só não soube aproveitar.

Jonas
Tantas vezes recuou a bola e procurou a tabela, o jogo apoiado junto à área do Rio Ave; tantas vezes incomodou, tantas vezes protestou com o árbitro, tantas vezes perturbou a defesa vila-condense. Ameaçou num pontapé rasteiro dentro da área, mas Cássio estava atento. A forma como trata a bola é soberba, mesmo que seja apertado. Sai de cabeça levantada e em busca de linhas de passe. É muito mais do que um avançado, é um elo de ligação fortíssimo entre o ataque e o meio campo.

CONFIRA A FICHA DE JOGO E AS NOTAS

Guedes
Correu, lutou, deu o que fazer aos centrais do Benfica no primeiro tempo. Não produziu muito, até acertou mal na bola na única ocasião em que rematou, mas a sua disponibilidade física foi impressionante. A equipa do Rio Ave não ficou a ganhar com a troca por Hélder Postiga.  

Wakaso
Um poço de força, um médio todo o terreno. Brilhante na proteção à defesa no primeiro tempo, mais exposto no segundo, embora nunca tenha perdido a lucidez e a capacidade de entregar a bola jogável. Uma exibição acima das que vimos por parte de Tarantini e Pedro Moreira, os outros médios vilacondenses.

Lindelof
Muito importante nos últimos dez minutos, período em que o Rio Ave arriscou um pouco mais. Adivinhou duas vezes o movimento de Hélder Postiga e evitou males piores para a baliza de Ederson. O sueco cresceu muito!

Tarantini
A referência surge mais pela efeméride: ultrapassou Niquinha e passou a ser o jogador do Rio Ave com mais jogos na Liga, 199. No primeiro tempo pôs Renato Sanches no lugar em duas situações, mas na etapa complementar foi engolido pelo crescimento do Benfica.