O Estoril derrotou o Arouca, por uma bola a zero, e teve um feliz regresso a casa depois de um derrota na Covilhã para a Taça da Liga. A formação orientada por José Couceiro esteve várias vezes perto do golo, durante a primeira parte, mas Goicoechea fechou sempre a porta. Só Bonatini, na segunda parte, conseguiu ultrapassar o último reduto arouquense.

Estoril e Arouca vinham de resultados diferentes dos jogos disputados durante a semana, mas o desfecho acabou por ser igual para ambas, já que as duas acabaram por dizer adeus à Taça da Liga.

Independentemente disso, é claro como água que a prioridade dos dois emblemas é a Liga e, por isso, o encontro desta tarde acabava por ganhar relevância. Uns porque ambicionam lutar por um lugar de acesso às competições europeias (Estoril), enquanto outros lutam com unhas e dentes por um lugar tranquilo na tabela que evite sobressaltos de última hora (Arouca).

Poder-se-ia esperar, por isso, um Estoril com o pé no acelerador desde o apito inicial, procurando tirar partido do fator casa para construir um resultado seguro. Mas não. Ao invés, foi a formação comandada por Pedro Emanuel aquela que construiu as primeiras ocasiões de perigo relativo.

Tinoco foi o mais rapidamente perdeu a vergonha e tentou a sorte, com um remate ao lado, mas, curiosamente, a situação mais perigosa dos arouquenses não terminou com um remate. David Simão aproveitou o espaço concedido, levantou a cabeça como tanto gosta e assistiu Pintassilgo que não conseguiu finalizar porque Kieszek chutou o perigo para longe.

O problema inicial do Estoril esteve aqui. José Couceiro lançou um meio campo jovem, cheio de qualidade e irreverência, mas que perdia claramente em relação à quilometragem dos adversários.

O conjunto da Amoreira encontrou, ainda assim, rapidamente o antidoto e começou a tomar conta do jogo. Prova disso foram as várias situações de golo que os canarinhos construíram, mas que não terminavam no fundo da baliza visitante porque lá mora um excelente guarda-redes.

Goicoechea imergiu e negou o golo a Tozé, Sebá e companhia e foi levando o nulo para o intervalo.

Pelo meio, ainda houve fogachos arouquenses, com Roberto sempre metido em trabalhos com os defensores contrários, mas não havia maneira de desatar o nó.

Nem mesmo de livre directo, Tozé conseguiu ultrapassar o muro uruguaio.

E assim se chegava ao intervalo, sem golos, sem festa, mas com boas imagens das intervenções protagonizadas pelo guarda-redes do Arouca.

A muralha uruguaia ruiu

O que parecia impossível na primeira parte rapidamente aconteceu. Jogada de envolvência do meio campo estorilista, com Afonso Taira e Matías Cabrera a construírem o lance que Leo Bonatini haveria de finalizar.

Desta feita não houve Goicoechea que valesse ao Arouca que teria, agora, de correr atrás do prejuízo.

E tentou! Aliás, a formação comandada por Pedro Emanuel ainda construiu um punhado de ameaços juntos à baliza de Kieszek, mas também não teve arte nem engenho para as converter em golo.

O técnico ainda foi puxando a equipa para a frente, com jogadores lançados desde o banco de suplentes, mas não houve maneira de chegar à igualdade. Também porque do outro lado, Couceiro foi percebendo o que o jogo lhe dizia e ia corrigindo.

Assim, os três pontos ficaram na Amoreira naquele que se pode considerar um feliz regresso a casa para a formação da Linha.

Já o Arouca terá que esperar, pelo menos, mais uma semana para voltar a somar pontos.