Um lance de génio de Carlos Mané deu os três pontos ao Rio Ave, num jogo que começou com controvérsia e que mostrou um Farense com dificuldades em visar a baliza adversária. Nota para os 830 espetadores que estiveram no Estádio Algarve, num jogo-piloto que visa o regresso do público aos recintos de jogo.

A partida abriu com um lance polémico: ainda não se tinha jogado um minuto e Ryan Gauld colocou a bola dentro da baliza de Kieszek, mas o árbitro Manuel Oliveira apitou antes da bola entrar, anulando o lance por suposta falta do escocês sobre o guarda-redes polaco do Rio Ave. Como apitou antes, o VAR não pôde intervir e o lance foi anulado.

O equilíbrio foi depois notório até ao intervalo e foi desmentido no marcador com um grande golo de Carlos Mané, num remate em jeito na esquerda, colocando a bola em arco junto ao poste do lado contrário da baliza algarvia, com Defendi a pouco poder fazer para evitar que entrasse.

Além destes dois momentos importantes, a primeira parte trouxe um Farense com mais posse de bola e a jogar apoiado, mas com pouca profundidade nos flancos e um Rio Ave mais assertivo a partir em direção à baliza contrária, em transições rápidas e a conseguir ser mais perigoso nas poucas situações que as duas equipas criaram para finalizar. Numa delas, a passividade de Diego Lopes, Piazon e Ronan, que em superioridade numérica na área do Farense permitiram que a situação fosse anulada pela defensiva algarvia. Antes, Ronan também desperdiçou bom ensejo de visar o alvo, com um remate ao lado, já dentro da área.

O Farense regressou para a segunda metade com vontade de mudar a história do jogo e o marcador e, para tal, Sérgio Vieira, depois de ver os primeiros minutos e de Lucca ter desperdiçado num cabeceamento ao lado quando estava solto na área, alargou as opções ofensivas com a entrada dos extremos Mansilla e Madi Queta e os algarvios fixaram-se no meio-campo vilacondense, mas houve pouca clarividência e engenho para ultrapassar a defesa adversária.

Numa das poucas situações, Ryan Gauld finalizou uma triangulação por cima, com um remate em boa posição e o mesmo jogador, a um minuto dos noventa voltou a alvejar a baliza, mas a bola foi direta às mãos de Kieszek.

O Rio Ave conseguiu aguentar a preciosa vantagem até final sem correr muitos riscos... e sem arriscar, principalmente na segunda-parte. O Farense lutou mas não foi o suficiente. Faltaram remates e enquadrados: Kieszek - tal como Defendi - pouco trabalho tiveram...