O Sp. Braga levou a melhor no dérbi do Minho onde o Gil Vicente foi melhor. Vitinha teve uma estreia de sonho ao marcar o golo que valeu a conquista dos três pontos para os arsenalistas, mas foi Matheus o grande responsável por segurar esta vitória, com uma mão cheia de excelentes defesas.

Os galos só se podem queixar de si próprios, já que tiveram ocasiões mais do que suficientes para marcar. Apesar da boa exibição, os gilistas somaram o sétimo jogo sem vencer e continuam a meio da tabela. Uma coisa é certa: os adeptos saíram de Barcelos satisfeitos pelo excelente espetáculo proporcionado pelas duas equipas.

Duas alterações nos onzes

Os dois técnicos fizeram o mesmo número de alterações no onze titular. Carlos Carvalhal fez regressar Yan Couto ao lado direito na defesa e estreou Vitinha, que tem dado nas vistas na equipa B e que fez dois golos na Taça de Portugal, na frente de ataque. Já Ricardo Soares mexeu porque assim foi obrigado. Zé Carlos, emprestado pelos arsenalistas, deu o lugar a Hackman e Murilo, que se lesionou no último treino antes deste encontro, cedeu o lugar a Leautey.

Gil Vicente não ganha em casa desde a primeira jornada – triunfo sobre o Boavista. Sp. Braga não vencia fora desde a terceira jornada, altura que foi ao reduto do Moreirense vencer por 3-2, mas também não perdia para a Liga há sete jogos. Os dados do dérbi do Minho estavam lançados com uma certeza: as duas equipas iam jogar para ganhar.

Golo madrugador

E assim foi. Samuel Lino entrou a ameaçar e, na resposta, os bracarenses marcaram mesmo. Cruzamento de Yan Coutou para a área a descobrir Ricardo Horta solto na área a rematar para excelente defesa de Frelih. Na recarga, Vitinha abriu o marcador. Estreia de sonho do avançado que tem dado nas vistas na equipa B.

Os gilistas tentavam responder e, aqui e ali, iam chegando perto da baliza contrária, mas faltava o último remate. Os bracarenses também espreitavam o ataque e Iuri Medeiros ficou perto do golo com um remate cruzado. Contudo, a partir da meia hora a turma barcelense intensificou a pressão e valeu Matheus para impediu o empate.

Primeiro Lino, depois Navarro e novamente Samuel Lino puseram à prova a atenção do guardião dos arsenalistas. Nas três vezes, Matheus levou a melhor e segurou a vantagem mínima. Ainda antes do descanso, ainda tempo para uma primorosa jogada, que terminou da pior forma, sendo o espelho da exibição bracarense: vai do excelente ao mau em poucos minutos.

Sofrer para vencer

Os galos demoraram a entrar para o segundo tempo, mas entraram com tudo. Fujimoto foi o primeiro a rematar para uma defesa a dois tempos de Matheus. Depois, no melhor pano quase caiu a nódoa. O guarda-redes bracarense saiu a destempo da baliza, foi batido por Leautey que rematou para golo. No entanto, em cima da linha, apareceu Sequeira a cortar e a impedir o empate.

Ato contínuo, após canto, novamente Leautey, num remate de ressaca, ficou a centímetros da igualdade. A turma arsenalista nem respirava, o que motivou reação imediata de Carlos Carvalhal, fazendo quatro alterações no espaço de dez minutos. O Sp. Braga recompôs-se e também ficou perto do golo, valendo desta feita Frelih com uma intervenção corajosa a remate de Moura.

Até ao final, Aburjania teve nos pés a melhor oportunidade. De livre, obrigou Matheus a fazer mais uma excelente defesa, segurando, uma vez mais, a vitória no dérbi do Minho.