A FIGURA: Everton

Foi o melhor do Benfica no melhor período de Jorge Jesus na primeira parte. Participou no lance que originou o 1-0 e logo a seguir esteve perto do segundo, mas André Moreira negou-lhe as intenções com uma grande defesa. Tem uma qualidade técnica acima da média e faro para se posicionar no sítio certo no último terço, sobretudo quando aparece em espaços interiores. Foi num desses movimentos que na segunda parte isolou Waldschmidt, mas o alemão atirou ao lado. Já o escrevemos, mas continua a ficar a sensação de que pode sempre dar algo mais. Mesmo quando é a figura do jogo.

O MOMENTO: golo de Darwin, MINUTO 75

Os minutos após o golo inaugural de Seferovic deram a falsa sensação de que o Benfica teria uma noite tranquila. Só que, depois de aguentar o choque inicial, o Belenenses reequilibrou-se e cresceu no jogo. Ainda assim, ficou sempre a sensação – esta certa – que a capacidade de aceleração do último terço dos encarnados do Benfica poderia fazer a diferença a qualquer momento. Aconteceu várias vezes, mas a águia só colheu frutos já na reta final do jogo.

OUTROS DESTAQUES:

Darwin: depois da estreia a marcar nas competições europeias com um hat-trick na Polónia, o avançado uruguaio estreou-se a marcar na Liga ao quinto jogo. Não apresentou o nível exibido em outros jogos, mas não deixa de impressionar pela disponibilidade física e alta rotação que apresenta do primeiro ao último minuto em campo. Aos 75 minutos Waldschmidt retribuiu a Darwin aquilo que tanto tem recebido dele neste arranque de época: passes de morte.

Grimaldo: assistiu Seferovic para o 1-0, incorporou-se bem no corredor esquerdo, e estava a ser um dos mais regulares do Benfica quando se lesionou aos 70 minutos e fez soar os alarmes na Luz uma semana depois da lesão grave de André Almeida.

Seferovic: foi pela primeira titular para a Liga em 2020/21 e assinou o quarto golo na prova, inaugurando o marcador logo aos 6 minutos. Se Lage explorava a profundidade que dizia que o suíço oferecia à equipa, Jesus explora-lhe também a capacidade física que lhe permite superiorizar-se aos adversários no jogo aéreo. Exibição de nota 3, mas decisiva até ao golo de Darwin aos 75 minutos.

Taira: um dos elementos dos azuis que mais discernimento mostrou no relvado do Estádio da Luz. Serviu os companheiros quase sempre com critério e tentou levar a equipa para a frente.