Figura:

João Diogo: É o homem do jogo pelo golo que marcou e pelos dois lances em que, a julgar pelo perigo iminente, evitou aquele que seria empate do Boavista: aos 83 minutos, com um corte de cabeça na pequena área, bem como em cima do apito final, quando Idé se preparava para rematar para golo. Sempre bem posicionado pelo flanco direito, mostrou serviço no ataque, esteve presente nas jogadas de maior perigo do Belenenses e, claro está, ajudou a defender três pontos preciosos. Em toda a linha, a toda a prova.

Momento: 

Minuto 56. Domingos Duarte lança Abel Camara em profundidade, este remata e João Diogo, a aproveitar a defesa de Vagner para a frente, desvia para o fundo das redes. Pontaria, sentido oportuno, a festa do golo e o caráter decisivo do lance que deu os três pontos à equipa de Quim Machado.

OUTROS DESTAQUES:

Domingos Duarte: no sítio certo sempre que foi preciso. Tranquilidade, certeza, confiança e precisão do corte ao passe marcaram uma exibição competente do jovem central do Belenenses, que tirou uma bola quase certa de golo a Schembri (26’). Se a experiência, não raras vezes, se pode medir pela idade, o jogador de 21 anos emprestado pelo Sporting aos azuis do Restelo mostrou que, em certas ocasiões, conta mais o trabalho dentro de campo do que a certidão de nascimento.

Juanto: diz-se que «de Espanha, nem bom vento, nem bom casamento», mas bem pode o Belenenses esquecer esse ditado sobre o seu homem mais ofensivo. De fácil toque e condução de bola eficiente, tornou simples os processos de ataque dos azuis do Restelo e levou perigo à baliza de Vagner. Ter-lhe-á faltado mais apoio no último terço. Mereceu aplausos ao minuto 72, quando saiu.

Vagner: a nova cara na baliza do Boavista mostrou serviço, trabalho e vontade em agarrar um lugar no onze. Em bom plano – destaque para uma defesa a livre de Juanto na primeira parte – fez tudo o que pôde para evitar o golo contrário. Por uma vez não o conseguiu e, para prejuízo seu e da equipa, a recarga de João Diogo ao minuto 57 acabou por ser fatal.

Edgar Ié: primeiro Bukia, depois Mbala. Na estreia pelo Belenenses, pouco melhor podia ter desempenhado o seu papel do lado direito da defesa. Certo na marcação e na saída de bola, rápido a recuperar nas transições ofensivas do Boavista e com espírito de sacrifício na fase final do jogo, em que os homens do Bessa procuraram a todo o custo o golo do empate.

Renato Santos: as circunstâncias da partida levaram o Boavista a procurar, pelo menos, o empate. E poucos houve como o n.º 7 a tentar empurrar a equipa para esse feito. Foi o homem das bolas paradas na última meia hora, levou cantos e livres à área do Belenenses e deu mais garra ao xadrez do Bessa. Em vão.