Partida animada, jogo vivo, muitos golos: talvez não fosse previsível, mas foi uma bela forma de fechar a jornada, com este Rio Ave-Penafiel.

Mais cotado, o conjunto da casa puxou dos galões e acabou por merecer vencer a partida. Mas conseguiu complicar a sua própria tarefa, permitindo ao Penafiel uma margem muito grande para sonhar.

O Rio Ave ganhou bem, soube merecer o triunfo, mas mostrou, de novo, um estranho gosto pelo sofrimento.

O Penafiel quase viu premiado o atrevimento, mas continua a navegar por zonas muito pouco recomendáveis da tabela.

A ilusão da tranquilidade

A primeira parte teve sinal mais do Rio Ave. A equipa da casa chegava com relativa facilidade à área adversária e o golo adivinhava-se.

Apareceu mesmo, aos 15, por Ukra, num dos vários momentos do primeiro tempo em que a defesa do Penafiel acusou grande permeabilidade.

Quando, aos 32, Diego Lopes aumentou para 2-0, aproveitando mais uma «oferta» da defesa penafidelense (ficou isolado, na cara de Haghighi, e só teve que contornar o guarda-redes iraniano para aumentar), parecia que o Rio Ave tinha o jogo praticamente resolvido.

O Penafiel mostrava vontade, mas não mostrava condições de concretizar a viragem. O jogo corria o risco de perder interesse em fase ainda prematura.

Mas era demasiado cedo para atribuir já os três pontos ao Rio Ave.

Mesmo no fim da primeira parte, em lance em que a defensiva vila-condense acusou alguma distração, Pedro Ribeiro tentou um primeiro remate e, no ressalto, Hélder Ferreira, de cabeça, fez o 2-1.

O intervalo chegava pouco depois, com uma diferença mínima que, de algum modo, não traduzia a verdadeira diferença das duas equipas em campo.

Penafiel renasce

Animado pelo 2-1 em cima do intervalo, o Penafiel surgiu renascido. Os primeiros minutos do segundo tempo foram mesmo dos penafidelenses. 

A equipa de Rui Quinta ousou sonhar e chegou mesmo ao 2-2: penálti claro de Prince sobre Aldair (que atropelamento!!), Guedes cobrou com sangue frio. 

O jogo estava relançado: de noite tranquila para o Rio Ave, a história virava para um empate inesperado.

Hassan resolve

Mas por muito pouco tempo: logo a seguir, o recém-entrado Hassan faz o 3-2. A estratégia de fora de jogo da defesa penafidelense falhou por um elemento. O egípcio não perdoou.

O Penafiel ainda tinha quase 20 minutos para voltar a reagir, mas desta vez o Rio Ave não quis voltar a sofrer. Também já seria demais.