Um triunfo da competência e da eficácia deixou o Portimonense em lugar europeu. A formação de Paulo Sérgio venceu de forma categórica em Famalicão, terreno onde nunca perdeu, e subiu provisoriamente ao 5.º lugar, em igualdade pontual com o Estoril – só joga na segunda-feira.

Os algarvios colocaram na frente do marcador com um autogolo de Penetra e nunca mais permitiu que os locais sequer pusessem em causa o vencedor da partida. Carlinhos, ainda no primeiro tempo, e Aylton Boa Morte, já no segundo, deram expressão ao resultado.

Jogar contra a história

O Famalicão entrava em campo tentando contrariar a história e vencer, pela primeira vez, em jogos do campeonato, o Portimonense. Ivo Vieira mudou apenas um homem em relação à equipa que venceu no Bessa. Heriberto saiu deu lugar a Ivo Rodrigues. Do outro lado, Paulo Sérgio trocou quase meia equipa (quatro) que entrou de início frente ao Belenenses. Willyan, Carlinhos, Aylton e Fabrício entraram para os lugares de Lucas, Imbula, Marcus e Aponza.

Com as duas formações encaixadas num 4-2-3-1, os locais tomarem desde cedo a iniciativa de jogo e, apesar de chegar à área contrária, raramente conseguiam efetuar o último passe ou mesmo o remate. Em posse, as duas equipas circulavam o esférico com qualidade e paciência, tentando alvejar a baliza contrária.

Os visitantes acabaram por marcar primeiro, quase por acaso. Nakajima apareceu bem na área pelo lado esquerdo e cruzou, com Alexandre Penetra a cortar de cabeça, mas para a própria baliza. Golo estranho e que tirou tranquilidade à equipa local. Ainda assim, a toada de jogo mantinha-se, com os famalicenses a ter mais bola.

Contudo, uma vez mais foram os algarvios a voltar a marcar. Carlinhos recuperou o esférico à entrada da área, tabelou com Nakajima e rematou rasteiro para golo. Luiz Júnior parece mal batido, já que o esférico entrou junto ao poste onde estava o guardião da casa.

Mais Famalicão não chegou

Ivo Vieira, insatisfeito com a exibição da equipa, lançou três jogadores para a segunda metade. Marcos Paulo, David Tavares e Heriberto renderam Iván Jaime, Pedro Brazão e Pickel, que não apareceram a jogo. Os locais apareceram mais afoitos, a chegar mais vezes à baliza contrária, mas com a mesma eficácia da primeira parte, ou seja, nenhuma.

Mais fortes fisicamente, os de Portimão iam resolvendo todas as situações e, na verdade, o Famalicão acabou por não ter nenhuma clara ocasião de golo.

Já o terceiro golo do Portimonense mostra a simplicidade do jogo dos algarvios. Três toques e golo. Samuel bateu longo desde a área, Moufi ganhou nas alturas e isolou Aylton que, depois de ajeitar, rematou cruzado para golo. Simples e eficaz a fechar a contagem. Os locais sentiram o golo e não mais conseguiram incomodar a baliza contrária com real perigo.