A FIGURA: André André: abnegado na procura de espaços para criar desequilíbrios nas saídas para o ataque. Em muito bom nível, principalmente nos primeiros 45 minutos, foi um dos principais responsáveis pela instabilidade demonstrada pelo Sporting na primeira fase do encontro. Atirou ao poste aos 30 minutos, num remate colocadíssimo que daria um golo de levantar o estádio. Saiu a 15 minutos do fim quando Nuno Espírito Santo arriscou e lançou Depoitre no jogo. Estava esgotado.

Crónica do jogo: leão crava as garras na liderança

O MOMENTO: golo de Slimani e o tiro na confiança

Não é que o jogo estivesse controlado, mas o FC Porto parecia, pelo menos, a equipas mais confortável em campo antes e depois do golo de Felipe. O golo de Slimani, na sequência de uma bola parada, provocou danos evidentes na equipa de Nuno Espírito Santo.

Destaques dos leões

OUTROS DESTAQUES

André Silva: esteve muito isolado no ataque, mas, apesar disso, criou vários embaraços à defesa leonina. Fez o que pôde para corresponder aos lançamentos em profundidades dos companheiros e esteve perto do golo aos três minutos, mas Rúben Semedo cortou para canto. Na segunda parte voltou a ter uma boa oportunidade após passe de Óliver, mas o guião repetiu-se: Rúben Semedo voltou a não dar hipóteses. Ficou em branco, coisa rara nesta temporada.

Danilo: lutou bravamente contra os médios do Sporting. E não foram poucos. Adrien e, muitas vezes, Bruno César e até William. Fez o que pôde para disfarçar as lacunas dos dragões na zona do meio-campo onde se viu muitas vezes em inferioridade numérica.

Marcano: mais seguro do que Felipe, apagou vários fogos na zona defensiva. Atento às movimentações do ataque do Sporting, fez um trabalho competente e ajudou a manter o FC Porto na luta pelo resultado quando os dragões já não tinham outra opção que não arriscar tudo.

Felipe: um desvio oportuno dele deu a vantagem aos dragões no jogo, mas continua a revelar algumas lacunas graves no plano defensivo. Comprometeu no lance que originou o segundo golo do Sporting, ao cortar de cabeça contra o corpo de Bryan Ruiz. Curiosamente, melhorou na segunda parte, quando a tarefa da defesa portista se complicou.

Otávio: chegou atrasado ao jogo, que é como quem diz que só apareceu na segunda parte, o que o tornava num dos candidatos à saída ao intervalo (foi Corona). Deu muito trabalho a João Pereira e tirou um coelho da cartola aos 66’, quando se desenvencilhou de dois jogadores e serviu Marcano, que atirou por cima. Foi muito fustigado pelos jogadores do Sporting.