Mora em Vila do Conde o líder do campeonato. Pelo menos será assim até à próxima jornada.

Os vila-condenses conseguiram a terceira vitória consecutiva. Desta feita, a vítima foi uma excelente equipa do Portimonense.

Miguel Cardoso igualou o melhor arranque da história do clube desde a viragem de século. A última vez que o Rio Ave conseguiu um início de campeonato semelhante foi na época de estreia de Pedro Martins nos Arcos, na época 2014/15.

FICHA E FILME DO JOGO

O golo de Barreto, logo a abrir o segundo tempo, teve o condão de catapultar o Rio Ave para um exibição mais condizente com aquelas protagonizadas nos jogos anteriores. Antes disso, o futebol atrativo que começa a ser imagem de marca desta equipa, esbarrou sempre no conjunto algarvio bem organizado e, sobretudo, inteligente a entender o que o jogo lhe pedia.

Com a bola a passar a maior parte do tempo pelos pés dos jogadores do Rio Ave, os homens de Vítor Oliveira mantiveram-se organizados e espreitaram, sempre que possível, uma saída rápida. A tranquilidade vila-condense para encontrar o melhor caminho para a baliza de Ricardo Ferreira deu lugar a alguma impaciência e a demasiada precipitação.

Durante esse período de algum marasmo riovista – combatido por Barreto e Geraldes a espaços – o Portimonense cresceu e mostrou que podia colocar a defesa da formação visitada em sobressalto. Particularmente pelas alas, onde residem os principais criadores de todo o seu jogo ofensivo: Tabata e Wellington.

A velocidade que imprimem ao jogo, aliado ao espaço libertado pelas subidas dos laterais do Rio Ave, permitiram aos algarvios chegar variadíssimas vezes à baliza de Cássio. Valeu a atenção do guarda-redes brasileiro a evitar que o Portimonense materializasse essa supremacia evidenciada. E quando não foi Cássio a salvar o Rio Ave, foram os ferros da baliza a protegerem os riovistas.

Depois surgiu o momento de Óscar Barreto que desbloqueou o jogo. A vantagem no encontro como que libertou as amarras aos jogadores do Rio Ave que foram capazes de resgatar aquele futebol apoiado, de toque curto e movimentações constantes.

A vertigem do Portimonense desapareceu por longos minutos e apenas voltou a surgir, já sem o fulgor da primeira metade sublinhe-se, após o golo de Guedes, criado pelos dois artistas da equipa, Geraldes e Rúben Ribeiro. Esse tento arrumou de vez com a questão do vencedor do desafio.

A almofada de conforto inerente ao marcador fez o Rio Ave recuar. E, esse encolhimento, por pouco não custou caro. Valeu, uma vez mais, o ferro da baliza de Cássio e a incapacidade do Portimonense em concretizar as oportunidades criadas.

O Rio Ave parte para o próximo jogo frente ao Benfica na liderança do campeonato e com  promessas de bom futebol deixadas, uma vez mais, no relvado. Por outro lado, o Portimonense continua sem conseguir pontuar longe do Municipal de Portimão, embora esta noite tenha feito o suficiente para no mínimo discutir o resultado até ao final.