Num encontro entre Nacional e Famalicão, duas equipas que procuravam pontos para conquistar a tranquilidade, os madeirenses foram obrigados a fazer pela vida depois de terem dado praticamente 45 minutos de avanço ao adversário. Depois de uma primeira parte pobre, mas equilibrada, os alvinegros acordaram em cima do intervalo e na segunda parte, em quatro minutos, conseguiram dar a cambalhota no marcador.

O jogo começou muito repartido nos primeiros dez minutos, com ligeiro ascendente da equipa da casa, mas sempre muito disputado sobre a zona intermédia do terreno. Até à passagem do primeiro quarto de hora, o Famalicão ainda conseguiu aproximar-se da baliza dos alvinegros, mas apenas com relativo perigo.

Ambas as formações foram obrigadas a alterações antecipadas. Logo aos 11 minutos, Lucas Kal foi substituído por Júlio César, devido a uma aparente lesão muscular. E aos 20 minutos, foi o Famalicão a ter de recorrer ao banco, com Lukovic a render Gustavo Assunção.

FICHA DE JOGO E NOTAS AOS ATLETAS

Aos 27 minutos, Júlio César quase entregava o ouro ao bandido, ao deixar a bola para Anderson, que ainda conseguiu contornar Piscitelli, antes de centrar para a pequena área. A ajuda chegou tarde, porém, e Rui Correia limpou o lance sem grandes sobressaltos.

Resposta imediata do Nacional, que, por Kalindi, atirou bem perto do poste dos famalicenses, conquistando ainda um pontapé de canto que acabou por não ser aproveitado.

Aos 33 minutos, Nuno Borges tentou cobrar rapidamente um livre para Vincent Thill, que perdeu a bola para Kraev. O Famalicão construiu sobre o erro dos alvinegros e Anderson aproveitou um ressalto de um remate de Ivo Rodrigues para inaugurar o marcador, sozinho na cara de Riccardo Piscitelli.

O Nacional, que nos minutos anteriores ao golo estava a conseguir chegar-se à frente com algumas iniciativas, não conseguiu, no entanto, organizar uma reação forte. A situação mais flagrante só chegou aos 45 minutos, mesmo à beira do intervalo, quando Róchez cabeceou para uma defesa a dois tempos de Luiz Júnior.

Quatro minutos de compensação que pareciam intermináveis para a equipa minhota, que teve de suster a pressão dos donos da casa. Pouco depois da primeira grande ocasião para o Nacional, nova oportunidade, desta feita para Gorré, que fletiu para o interior, antes de rematar rasteiro e para perto do poste. Luiz Júnior respondeu com uma boa estirada, tal como o fez a uma terceira oportunidade, num remate rente à relva de Thill, à entrada da grande área.

O Nacional só acordou nos instantes finais da primeira parte, mas o ímpeto ofensivo transitou para o segundo tempo e os alvinegros reentraram mais agressivos e de olhos postos na baliza famalicense. Evidência disso mesmo, foi aos 49 minutos, quando Kalindi cruzou para Francisco Ramos, que de primeira atirou ligeiramente por cima da trave.

A boa entrada para a segunda parte justificava um golo alvinegro, que chegou aos 53 minutos. Um cruzamento bem medido de Thill, para a cabeça de Rochez (sempre ele) que saltou mais alto para repor a igualdade, veio trazer alguma justiça ao marcador.

O Nacional deu a volta aos 57 minutos, num contra-ataque exemplar, construído por Witi e Gorré, com tabelas sucessivas até ao último terço, onde o jogador internacional pelo Curaçau endossou para Francisco Ramos. À entrada da grande área, o médio luso teve tempo e espaço para rematar colocado para o fundo das redes.

A equipa de João Pedro Sousa procurou reagir, primeiro por Ivo Rodrigues e depois com Anderson a aparecer entre os centrais para rematar não muito longe do poste. Depois, aos 70 minutos, Rúben Vinagre executou um bom cruzamento que ia direitinho para Gil Dias, valendo Piscitelli a afastar o perigo e a conceder o canto com uma defesa providencial.

Mas se o Famalicão revelava algum perigo, também o Nacional levava alguma intranquilidade às hostes minhotas quando chegava perto da baliza de Luiz Júnior, como foi exemplo um cabeceamento à queima-roupa de Rochez, aos 75 minutos. Volvidos dois minutos, foi Vigário a rematar forte e rente à relva, mas com a bola a sair ligeiramente ao lado.

Até ao apito final, o Famalicão tentou replicar o ímpeto ofensivo do Nacional nos minutos de descontos do primeiro tempo, com os minhotos a dispor também de algumas ocasiões antes do último suspiro. Destaque para duas defesas importantíssimas de Piscitelli a segurar a vantagem para os homens da casa, garantindo a vitória do Nacional.

VÍDEO: o resumo do jogo da Choupana