Com André André no comando das operações e com Layún na linha de assistência, o FC Porto voltou a sair da região de Lisboa com um sorriso. Após catorze jogos sem ganhar na zona da capital, os dragões conseguiram somar três pontos no Estoril e assim dar um ponto final positivo a um «mensis horribilis».
 
Foi apenas a quarta vitória da equipa azul e branca no primeiro mês de 2016, tantas quantas as derrotas (mais um empate). José Peseiro tem muito trabalho pela frente, como já se sabia, mas o triunfo na Amoreira permite subir os níveis de confiança de uma equipa que já parece um pouco mais vertical no plano ofensivo do que era com Julen Lopetegui. Algo que se vê inclusive no atrevimento ofensivo dos laterais, que procuram movimentos de rutura e não aparecem apenas numa segunda vaga.
 
Marcar cedo não basta
 
Ferido, o dragão sofreu mais um golpe logo ao quarto minuto, aplicado por um jogador que na época passada até esteve na equipa B azul e branca. O fulminante cabeceamento de Diego Carlos após canto de Marion confirmou a tendência recente do Estoril para golos madrugadores, mas tal como na receção ao Benfica, há duas semanas, a equipa «canarinha» acabou por permitir a reviravolta.
 
O FC Porto respondeu também de canto, mas o desvio de Aboubakar ao primeiro poste não encontrou correspondência mais atrás. Não foi de bola parada, foi em contra-ataque que a equipa visitante chegou ao empate.
 
Com liberdade total para subir pelo flanco esquerdo (Marion já andava esgotado a meio da primeira parte), Layún recebeu um passe de André André e já na área serviu a finalização simples de Aboubakar.
 
O camaronês respirou de alívio e o FC Porto recuperou confiança. Comandada por André André e com uma postura mais vertical, a equipa de José Peseiro assumiu as rédeas do encontro, com o meio-campo do Estoril incapaz de estancar a situação.
 
Os dragões até deram a volta ao marcador com um golo de canto (34m), apontado por Danilo após mais uma assistência de Layún (a 11ª na Liga), mas já começavam a justificar a vantagem no marcador.
 
Melhor em campo, André André teve duas ocasiões claras para marcar. Uma ainda antes do golo de Danilo, travada por Kieszek com a perna direita (27m) e outra depois, que saiu a centimetros do poste (38m).
 
À espera do MVP para fechar
 
Com um futebol previsível e lento, logo a partir da zona defensiva, o Estoril praticamente nunca conseguiu aproximar-se do empate na segunda parte. Com Leo Bonatini bem vigiado pelos centrais portistas, apenas Gerso deu alguma luta a Maxi (com amarelos pelo meio, sendo que o uruguaio «limpa» na próxima jornada), mas o extremo do Estoril atirou por cima da barra na única ocasião «canarinha» da etapa complementar.
 
Embora com o jogo aparentemente controlado, o FC Porto deixou arrastar a vantagem mínima em demasia, mas já na parte final do encontro voltou a contar com André André para resolver o encontro. O médio começou por servir Aboubakar para um falhanço incrível do camaronês, a um palmo da linha de baliza (77m), mas depois aproveitou uma defesa de Kieszek a remate de Corona para marcar o terceiro golo portista.