Paulo Sérgio foi ponta-de-lança, tal como Rafa Lopes, e, mesmo que de forma inconsciente, já deixou escapar por algumas vezes um carinho e atenção particulares para com aqueles que lhe seguem as pisadas. A forma como falou do autor do golo do empate ante o Sporting, no final do jogo, foi reveladora. A certa altura, parecia que falava de si próprio, quando descrevia o pupilo...

«Claro que ajuda ter alguém que jogou neste lugar, também vai exigir-me mais, porque sabe o que um ponta-de-lança deve fazer. É bom porque nos faz trabalhar ainda mais e vamos aprendendo cada vez mais. O mister tem sempre coisas para ensinar, daquilo que fazia bem, e também o que não devemos fazer», relata o camisola 30 da Briosa.

Vice-campeão mundial de sub-20 em 2011, numa equipa que revelou também Nélson Oliveira, o goleador da Briosa também não sabe explicar muito bem por que razão se aposta tão pouco nos avançados portugueses.

«Já dura há muito tempo. Sempre foi assim. Inclusive, na Seleção Nacional, não sou eu que o digo, está à vista de toda a gente, até temos carência de pontas-de-lança. Se se apostasse mais nos goleadores portugueses, haveria mais formação para o lugar, e a Seleção, se calhar, era mais bem servida.»