A Liga Portugal apresentou, esta terça-feira, um balanço do primeiro terço da época 2022/23 e adiantou algumas alterações que estão a ser estudadas para o futuro como o caso do controlo nominal da bilhética ou a redução de jogos da Taça da Liga.

Sem a presença de Pedro Proença, o encontro com a comunicação social contou com as presenças de Tiago Madureira, Rui Caeiro e Helena Pires, da direção executiva, além de Filipe Pais, chefe de gabinete do presidente Pedro Proença.

Nesta reunião, a Liga revelou que pretende criar um regime de controlo nominal obrigatório para o acesso aos estádios, uma ideia distinta do Cartão do Adepto, entretanto revogado, segundo explicou a diretora para as competições do organismo.

«Não falamos de medidas semelhantes. Queremos seguir melhores práticas internacionais e temos grupos de trabalho para seguir essas melhores práticas. Queremos uma prática nominativa para controlar quem vai aos estádios por questões de segurança. As medidas que queremos implementar são inclusivas», esclareceu Helena Pires.

A medida pretende ser, portanto, inclusiva e para garantir maior segurança nos espetáculos desportivos.

A LPFP fez ainda um ponto de situação sobre a preparação do processo de centralização dos direitos audiovisuais, a arrancar até à época 2027/28, anunciando até ao final da 2022/23 os regulamentos audiovisuais e de controlo económico.

Face à centralização, a Liga reforçou a intenção de reduzir a Taça da Liga a apenas uma final-four, conforme acordado na Cimeira de Presidentes do mês anterior, e conferir-lhe um caráter internacional. Há também a intenção de reduzir o número de jogos da Taça de Portugal em coordenação com a Federação Portuguesa de Futebol. 

A Liga apresentou ainda dados relativos ao tempo útil médio de jogo desta época e exibiu comparações com 2021/22. Há um claro progresso no que respeita a este parâmetro: o tempo médio útil de jogo aumentou 5,4 por cento - os números apontam para 55,5 por cento em média de tempo útil nas primeiras 13 jornadas da Liga. É, porém, expetável que a média do tempo útil de jogo decresça consoante a prova se aproxime do final.

Por último, o organismo frisou que há uma maior celeridade na justiça desportiva em virtude da implementação do modelo de exclusividade da Comissão de Instrutores. Essa mudança permitiu a redução de processos pendentes, de 18 em setembro para quatro em dezembro, e a redução do prazo médio de instrução, de 88 dias em 2021/22 para 32.