O Maisfutebol apresenta, uma a uma, as 18 equipas da Liga 2019/20, que arranca nesta sexta-feira, 9 de agosto

Calendário do Benfica

Se o campeão nacional passou durante a pré-época uma imagem de solidez e estabilidade, essa ideia sai reforçada depois da estreia oficial, a goleada ao Sporting na Supertaça. Houve saídas, acima de todas a de João Félix, e houve mudanças. Mas o embalo que vinha da notável recuperação da segunda metade da época passada, que levou à conquista do título, não se perdeu. Bruno Lage continua, agora a começar pela primeira vez uma época no banco, a consolidar o trabalho e os princípios de jogo que foram a fórmula de sucesso em 2018/19.

Essa é a força do Benfica neste arranque de época. Além de Félix, o menino 120 milhões que veste agora a camisola do At. Madrid, a Luz despediu-se do goleador Jonas, que terminou a carreira. E disse também adeus a Salvio, que voltou à Argentina, para jogar no Boca Juniors. Mas continuam todas as outras referências. Uma equipa feita de jogadores com várias épocas na Luz e de jovens que vieram da formação e se afirmaram com Bruno Lage, feita de qualidade, experiência e identificação com o clube, tudo bons princípios.

No mercado, o Benfica procurou compensar a saída de João Félix, posição que tinha forçosamente de ser coberta, concentrando-se em soluções ofensivas. Além da busca por um guarda-redes, que acabou com uma contratação adiada. As águias foram buscar o avançado Raul de Tomás ao Real Madrid e contrataram Carlos Vinicius, outro investimento notório, 17 milhões de euros pelo avançado que era do Nápoles e dividiu a época passada entre Rio Ave e Mónaco. Também voltaram a contratar Chiquinho, que tinha saído para o Moreirense, onde foi a figura da equipa que chegou na época passada ao sexto lugar do campeonato, e teve estreia de sonho na Supertaça, um golo em menos de dez minutos em campo. Jhonder Cadiz, ex-V. Setúbal, e o brasileiro Caio Lucas, que chega do Médio Oriente, são até agora os outros reforços. Depois há o caso de Mattia Perin, o guardião italiano que o Benfica negociou com a Juventus mas voltou para trás depois dos exames médicos. O Benfica anunciou que a contratação será concluída depois da recuperação do jogador, estimando um prazo de quatro meses para que isso aconteça. Portanto, é Vlachodimos por agora o dono da baliza e o futuro dirá que consequências terá este processo.

Bruno Lage também observou alguns jovens da formação na pré-época e poderá haver mais oportunidades para os jogadores do Seixal, mas por agora, tanto por aí como pelo lado dos reforços não parece haver muito espaço. O treinador não tem intenção de mexer muito na equipa que ganha, e os resultados têm-lhe dado razão. Ainda que o mercado continue aberto e possa haver alterações até final de agosto, o ponto de partida do campeão é forte. A época dirá até que ponto, com várias frentes de competição para gerir e a exigência sempre no topo.

Objetivo: Conquistar o bicampeonato

Classificação época passada: Campeão

Melhor classificação: 37 vezes campeão

Treinador: Bruno Lage

O plantel do Benfica

Entradas: Caio Lucas (Al Ain), Cádiz (V. Setúbal/Monagas SC), Chiquinho (Moreirense), Raúl de Tomás (Real Madrid), Carlos Vinicius (Nápoles)

Saídas: João Félix (At. Madrid), Salvio (Boca Juniors), Alfa Semedo (Nottingham Forest), Corchia (fim de empréstimo), Krovinovic (West Brom), Yuri Ribeiro (Nottingham Forest), Jonas (fim de carreira)

Equipa-tipo

Atenção a:

Raul de Tomás

Chega com uma missão pesada, depois de o Benfica ter perdido João Félix, esse caso raro de talento e ascensão meteórica, mas também Jonas, a grande referência goleadora na Luz nas últimas épocas. E depois de se ter tornado o segundo jogador mais caro da história do Benfica, que pagou 20 milhões ao Real Madrid: fica apenas atrás de Raul Jimenez. É a primeira opção para fazer dupla com Seferovic no ataque, ainda que seja um jogador diferente de Félix, e que Bruno Lage tenha testado várias alternativas para a dupla de ataque, incluindo o renascido Taarabt. Raúl de Tomás, filho de um ex-jogador dos escalões secundários do futebol espanhol e de mãe dominicana, fez toda a formação no Real Madrid, mas tem apenas um jogo pela equipa principal: em outubro de 2014, lançado por Carlo Ancelotti numa partida de Taça do Rei com o Cornellá. A partir daí passou por vários empréstimos: Córdoba, Valladolid e Rayo Vallecano, nas duas últimas temporadas. Na primeira foi crucial na campanha da subida do Rayo, com 24 golos em 32 jogos, na época passada não conseguiu evitar nova descida do clube, depois de 34 partidas e 14 golos marcados. Aos 24 anos, quebrou o cordão com o Real Madrid e procura afirmar-se na Luz. Com bons sinais de evolução até agora, na mobilidade e na capacidade de entendimento com Seferovic.

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