António Costa abordou esta noite o regresso da I Liga de futebol e passou a bola às equipas, apelando à responsabilidade.

«Os jogadores e os técnicos temem. Serão os primeiros a tomar cautelas necessárias para não se deixarem contaminar. Se alguém tiver a equipa toda infetada perde por falta de comparência. Todos temos de trabalhar com responsabilidade», afirmou o primeiro-ministro em entrevista ao Porto Canal, onde revelou as medidas que estão a ser tomadas para que, no final deste mês, haja o regresso da única competição desportiva coletiva permitida em Portugal.

«Não vai haver público. Os clubes da I Liga oferecem todas as condições de organização interna para poderem garantir a segurança dos seus profissionais. É uma população [os jogadores] que quer pela sua saúde, quer pela sua idade tem um baixo risco. Todos têm interesse em preservar a sua saúde. Está a ser negociado um protocolo sanitário, que ontem ainda não estava concluído. A Direção-Geral da Saúde ainda não validou a 100 por cento o protocolo sanitário, o que pode ter acontecido durante a tarde e eu não ter dado conta disso ainda», afirmou o primeiro-ministro, revelando que a ministra da Saúde está em contacto com o seu homólogo alemão sobre este tema: «Estamos a trocar informações com a Alemanha, que vai retomar a Bundesliga no dia 16».

O primeiro-ministro frisou a importância de que os jogos decorram à porta fechada.

«É diferente a interação num concerto [que poderá ter lotação reduzida] ou num jogo de futebol. A interação entre os adeptos é diferente. Não podemos dizer às pessoas que não se podem abraçar quando a sua equipa marca um golo», salientou António Costa, acrescentando que «o que é importante é que esta época desportiva se possa concluir».

O primeiro-ministro comentou ainda a reunião da passada semana no Palácio de São Bento, onde juntou à FPF e à Liga os presidentes de Benfica, FC Porto e Sporting: «Gostei de ver os três presidentes juntos. Foi um excelente exemplo de como todos se unem para responder ao que é essencial.»