Declarações do treinador do Arouca, Armando Evangelista, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Arouca, após a vitória por 2-1 ante o Gil Vicente, em jogo da 28.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol:

[Regresso às vitórias:] «Foi um jogo importante, com caráter de maior relevância, porque era na nossa casa e era uma vitória que nos fugia há algum tempo. Queríamos oferecer a vitória à nossa massa associativa, para que continue a puxar pela equipa, porque precisamos disso. Também era importante pela situação na tabela classificativa e pela motivação que traz ao grupo de trabalho. Espero poder capitalizar esta vitória no futuro.»

[Jogo:] «Neste jogo era importante entrar de forma diferente daquilo que temos feito em nossa casa. Era importante sermos mais comedidos, porque sempre que sofremos primeiro, em casa, temos muitas dificuldades. Foi adotado um bloco médio-baixo para não corrermos os riscos que normalmente corremos a jogar em casa. A primeira parte foi algo dividida, com mais bola para o Gil Vicente, mas também conseguimos importuná-lo. Com a expulsão do David, foi importante a alteração que fizemos ao intervalo. O Gil Vicente dá muita largura ao seu jogo, era importante controlá-la sem perder o jogo interior. Foi inspiração, o trabalho e entreajuda entre os nossos jogadores. O que mais valoriza esta vitória é a qualidade do Gil Vicente, que tem feito um campeonato fantástico, muito acima das expetativas.»

[Expulsão de David Simão:] «É uma jogada em que o David tem vontade de ganhar o lance, de ficar com a bola. Se visse o David dar uma cotovelada ou a ser expulso por insultar, ele ia ter uma advertência e não era pequena. Agora, numa disputa de bola... Há uma infelicidade do David, que ao deslizar atinge o adversário. Foi o querer ter bola que o levou a isso. Não digo que não é bem expulso, mas é um lance normal. Se o resultado tivesse sido negativo diria o mesmo.»

[Confiança para a segunda parte:] «É trabalho. Esta paragem fez-nos muito bem, mesmo nesse aspeto. O golo é fantástico, um momento de inspiração de um jogador que tem a perceção do posicionamento do guarda-redes adversário e decidiu numa fração de segundos. Trabalhamos para que tenham momentos destes. Primeiro golo também ajudou a que equipa se libertasse e acreditasse. Depois, o Gil Vicente teve muitas bolas próximas da nossa área, teve uma bola na barra, mas também tivemos uma pontinha de sorte. A confiança começa a vir ao de cima.»